Cerca de 6.000 produtores com 700 tratores obstruíram as ruas na capital da Alemanha, irritando quem passava e parando o trânsito em algumas áreas. Em resposta, o Governo da Alemanha prometeu fornecer óleo diesel mais barato para os produtores.
Os produtores da UE disseram que estão sendo forçados a vender leite abaixo do custo porque os preços caíram em até 50% com relação ao ano anterior.

Figura 1. Protestantes descarregam um modelo de vaca leiteira em Bruxelas, na segunda-feira dia 25 de maio. O texto na vaca diz "Um preço justo para o leite". (Foto AP/ Yves Logghe)

Figura 2. Protestantes descarregam um modelo de vaca leiteira com as cores da bandeira da Alemanha em Bruxelas, na segunda-feira dia 25 de maio. O texto na vaca diz "Um preço justo para o leite". (Foto AP/ Yves Logghe)

Figura 3. Tratores nas ruas da Alemanha (Foto AP - http://www.dw-world.de).
Nos escritórios da UE, cerca de 1.000 produtores de meia dúzia de nações protestaram com tratores e vacas para pressionar por suas demandas por mais fundos. A polícia interveio brevemente quando alguns produtores ameaçaram atravessar o perímetro de segurança da UE, mas a ordem foi rapidamente restaurada. "Demandamos um preço justo para nosso leite, que cubra pelo menos nosso custo de produção e alguma margem de lucro", disse o produtor de leite francês, Eddie Chinon.
A UE tem administrado os preços rurais há décadas, garantindo preços mínimos para os produtores ou comprando o excesso de produção para manter os preços artificialmente altos. A UE disse que está tentando dar suporte aos preços do leite agora, comprando leite em pó desnatado e manteiga do mercado.
Na França, mais de 80 plantas processadoras foram fechadas na segunda-feira por produtores furiosos, demandando mais intervenção do Governo. Os protestantes se certificaram de que nenhum leite fosse coletado das fazendas para ser processado em manteiga e queijo - esse foi o segundo protesto desse tipo em um mês.
A Comissária da Agricultura da UE, Mariann Fischer-Boel, no entanto, deixou clara a mensagem aos protestantes. "O que os produtores precisam fazer é produzir menos", disse ela, na segunda-feira.
Em janeiro, a UE recomeçou a aplicar os subsídios de exportação para ajudar os produtores a vender mais no exterior - uma medida que foi tomada também pelos Estados Unidos nesta semana. A Austrália e a Nova Zelândia, que não subsidiam suas exportações de lácteos, disseram que trata-se de um protecionismo comercial injusto.
Sob pressão pelos parceiros comerciais, a UE nos últimos anos tentou reduzir seus subsídios agrícolas e apoiar princípios de livre mercado - irritando os produtores europeus que se queixam da queda no rendimento. Para ajudar a aliviar a tensão financeira dos produtores de leite, a Comissão Europeia está considerando trazer de volta alguns pagamentos de subsídios de dezembro a outubro.
A reportagem é do The Associated Press, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.