Para esse levantamento contamos com a colaboração de centenas de leitores, o que tornou possível obter as informações necessárias para a publicação da listagem dos 100 maiores produtores de leite.
Esta iniciativa contou com o apoio das empresas Elanco Saúde Animal, CRV-Lagoa e Tortuga/DSM, às quais agradecemos pela viabilização do levantamento.
Segundo o coordenador da pesquisa, Marcelo Pereira de Carvalho, esta edição do Top 100 mostra que, mesmo frente a um ano repleto de desafios, os maiores produtores continuaram a expandir a produção: “Em um ano no qual a captação de leite deve cair entre 3 e 4% (dado do IBGE de 2015 ainda será divulgado), uma expansão de 2,2% dos Top 100 mostra a força desse segmento de produtores, que conseguiu continuar crescendo mesmo diante das adversidades de 2015, em que o preço do leite e os custos de produção tiveram peso bastante negativo”.
Para ele, o planejamento de longo prazo desses produtores faz com que problemas pontuais não afetem com a mesma intensidade os planos de expansão deste segmento da produção de leite, em comparação com a média nacional. Além disso, devido ao grande volume produzido por essas propriedades, muitas vezes tais produtores recebem valores expressivamente acima do mercado, devido a bonificações pela quantidade de leite captada pelo laticínio, o que faz com que em momentos financeiramente difíceis, como foi 2015, tais produtores ainda se encontrem numa situação melhor que a média do mercado.
Apesar disso, as fazendas do Top 100 também tiveram a percepção de que 2015 foi um ano complicado: 58% relataram que a rentabilidade do ano foi pior do que a média dos anos anteriores, enquanto 34% classificou a rentabilidade como dentro da média e apenas 8% consideraram o ano de 2015 acima da média neste quesito. Um reflexo disso é que, apesar deste grupo continuar com sua produção em crescimento, foi a menor elevação dos últimos 5 anos (2,2%).
Veja a seguir alguns dos principais pontos do Levantamento Top 100 MilkPoint 2016:
• Os 100 maiores produtores em 2015 apresentaram produção média de 15.486litros/dia, 2,2% a mais do que os 100 maiores de 2014.
• 58% dos produtores consideraram a rentabilidade em 2015 pior do que a média se comparada aos outros anos; 34% afirmaram que a rentabilidade esteve na média e apenas 8% a consideraram acima da média.
• Houve aumento de 10,5% nos custos operacionais de produção entre os produtores Top 100, variação semelhante à da inflação em 2015. 55% das propriedades tiveram custo operacional médio acima de R$1,00/litro.
• Minas Gerais continua sendo o estado com maior número de fazendas presentes no Top 100, com 42 propriedades (duas a menos que na edição anterior). Em seguida, o estado do Paraná teve 20 fazendas entre os 100 maiores produtores de leite (duas a mais que no último Top 100).
• Entre os 10 produtores com maiores aumentos na produção diária, 4 são da região Sudeste (3 em Minas Gerais e 1 em São Paulo). Outros 3 produtores são do estado do Paraná, 2 do Ceará e 1 de Goiás.
• A raça holandesa permanece como a mais utilizada nas propriedades, estando presente em 76 fazendas.
• O Pool Leite (entidade de produtores que agrega a comercialização do leite de 8 cooperativas) teve o maior número de fornecedores de leite entre os Top 100, com 19 fazendas. Em seguida, com 15 fornecedores, está a Itambé e, em terceiro lugar, a Danone, com 14 produtores.
• Entre os participantes do levantamento, onze possuem laticínios próprios. Sendo que, dentre os onze, cinco estão entre o Top 15.
• A maior fazenda produtora de leite do Brasil em 2015 foi a Fazenda Colorado, que, apesar de apresentar um decréscimo de 3,4% na produção desse ano, continua na liderança, com produção média diária de 60.729 litros/dia.
Confira no link a seguir o relatório completo, com estatísticas, análises e fotos das 100 maiores fazendas do Brasil!