Um teste de diagnóstico rápido para mastite bovina está sendo desenvolvido no Reino Unido e poderá ser usado nas fazendas para identificar o tipo de bactéria que causou a infecção.
O teste está sendo desenvolvido pela Abingdon Health - desenvolvedora e fabricante britânica de testes de imunoensaio de fluxo lateral e leitores - em cooperação com a Universidade de Birmingham e a Universidade de Glasgow, no Reino Unido. O projeto recebeu um subsídio de £ 805.000 (US$ 1.084.020) do Innovate UK (programa de financiamento do governo) para o desenvolvimento do teste ao longo de um período de 30 meses.
Atualmente, a mastite é detectada pela inspeção visual do leite e o tipo de infecção é confirmado com o envio para testes laboratoriais, o que é demorado e caro. O teste de diagnóstico de mastite da Abingdon será baseado em uma tecnologia de fluxo lateral que pode ser usada na fazenda para identificar o tipo de bactéria que causou a infecção.
Os resultados dos testes garantirão que a vaca receba rapidamente o antibiótico correto para tratar a infecção e espera-se que isso reduza o uso inadequado de antibióticos e a disseminação da doença entre os animais em rebanhos leiteiros. O teste terá como objetivo fornecer medidas sensíveis, a fim de estratificar a mastite por classe bacteriana (gram-negativo ou gram-positivo).
David Pritchard, diretor técnico da Abingdon Health Ltd, comentou: “a pressão para reduzir o uso de antimicrobianos na produção de alimentos está crescendo rapidamente. Para isso, precisamos fornecer aos produtores testes diagnósticos rápidos que orientem a escolha do antibiótico e garantam que os animais sejam tratados de forma rápida e eficaz com o antibiótico correto. Também acreditamos que este teste proporcionará benefícios para a indústria de lácteos em termos de qualidade e rendimento do leite, e para o gado em termos de bem-estar animal".
A professora-chefe do Projeto da Universidade de Glasgow, Ruth Zadoks (Professora de Epidemiologia Molecular), acrescenta: “alguns países já impuseram limitações ao uso de antimicrobianos. Temos de fornecer aos produtores de leite as ferramentas e, este projeto e a boa relação da Escola de Medicina Veterinária com a indústria de lácteos nos permite fazer isso”.
As informações são do https://www.dairyglobal.net, traduzidas pela Equipe MilkPoint.