Stephanes: leite barato importado da Argentina preocupa
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem (07) que dados do governo mostram que a Argentina está "empurrando" leite a preços baixos para o mercado brasileiro. Segundo ele, o Brasil não pode "virar depósito de excesso de leite", num momento em que a Argentina não tem para quem vender. Ele fez as afirmações ao participar de evento na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), onde se discutia o setor de lácteos.
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acusa a Argentina de triangulação na venda de leite para o Brasil, alegando que há indícios de que o produto esteja sendo comprado da União Europeia por preços abaixo do custo de produção e revendido para o Brasil.
Segundo dados divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), no mês de março foram importadas, no total, quase 12 mil toneladas de leite em pó (equivalente a 98,4 milhões de litros de leite), sendo 9,589 mil toneladas de leite em pó integral (cerca de 78,6 milhões de litros). Do volume de leite em pó integral - 9,589 mil toneladas - 69% é proveniente da Argentina (ao preço médio de US$ 1.856/t) e 31% foi comprado do Uruguai (em média, US$ 1.669/t).
O ministro disse que as informações indicam que um único importador brasileiro tenha comprado metade do leite importado pelo Brasil da Argentina. Essa empresa, segundo o ministro, tem vencido licitações para o fornecimento de leite aos Estados. O ministro ponderou, no entanto, que avaliações da Secretaria de Defesa Agropecuária mostram que os lotes importados da Argentina atendem às condições sanitárias. Apesar das críticas, o ministro não soube dizer o que pode ser feito contra essa empresa, mas alertou que a saída pode ser uma fiscalização mais efetiva por parte dos governos dos Estados.
Stephanes defendeu, no entanto, que seja estabelecido mecanismo para que as importações de leite da Argentina voltem aos níveis de comércio anteriores à crise financeira internacional. Ele ressaltou que "não somos a favor do protecionismo, mas as exportações de um país não podem fugir do padrão em período de crise", disse Stephanes.
Equipe MilkPoint, com informações da Agencia Estado.
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VICTOR GRAEFF - RIO GRANDE DO SUL - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)
EM 24/04/2009
Tive uma palestra sobre agregar valor nos produtos agropecuarios, mas infelizmente não conseguimos isso ainda, pelo fato dos impostos pagos serem muito altos, e o governo incentivar a importação. Teria que partir dos governantes a redução de impostos (claro teria menos dinheiro para cobrir as "despesas" deles evidente). Quem produz e gera emprego e renda, e mantem as pessoas no meio rural é quem paga o alto preço.

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 21/04/2009
Será que o despreparo do nosso ministro não é intencional? Infelizmente se coloca um politico ao invés de técnico, quem ganha com isso? Certamente não é a classe produtora, sofrida até quando?

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL
EM 16/04/2009
Faço um comentário duro e, ao mesmo tempo, uma proposta: falhas do ministro à parte, que tal deixarmos de responsabilizá-lo? Que tal assumirmos nossa pouca capacidade de articulação e liderança? Se irritem comigo mas acompanhem meu raciocínio. Quando é que vamos (Nós, os Sofredores do leite) arregaçar as mangas e formar nossos próprios políticos? Vereadores, Governadores, Senadores e Presidentes?
Felizmente temos o grande exemplo de nossa presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu, e outros de bancadas ruralistas, que tanto nos auxiliam em nossas reivindicações. Apesar disso, precisamos aprender mais. Quando é que o governo vai nos ouvir?
Quando estivermos lá e formos parte do governo. Temos excelentes líderes, mas em número reduzido.
O dia que conseguirmos influir na escolha de nosso ministro, poderemos cobrar mais dele. Temos que nos acostumar a reclamar menos e participar mais, ao invés de responsabilizar presidentes de associações, sindicatos, cooperativas e outros. É nossa a responsabilidade e já está na hora de assumirmos isso, dando o nosso apoio aos líderes de base. Do contrário, temos mesmo é que aceitar a situação pois, quem não votou "no homem", pode ser culpado pela omissão (cadê o impeachment? Ao invés disso, outro mandato...).
Que cada um começe do início: participando mais de reuniões em seus sindicatos patronais e cooperativas, de modo a articular políticos compromissados com a classe rural, em cada município. Depois disso, virão os movimentos estaduais, até que um dia chegaremos ao governo.
Palavras...
Quem vai ser o primeiro e colocar o guizo no pescoço do gato?
Garanto que vou fazer a minha parte e ajudar a segurar o rabo (do gato)...

ÁGUAS DE CHAPECÓ - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/04/2009

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/04/2009

AGUAÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/04/2009
Está parecendo falta de ação e/ou de preparo do nosso Ministro à frente do MAPA ou, no mínimo, falta de articulação com outros ministérios que poderiam se envolvidos para ajudar a controlar esta situação ridícula neste tal "Mercosul".

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 09/04/2009

UNAÍ - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 09/04/2009

TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 09/04/2009
Depois se reclama que a quantidade de favelas estão aumentando, a criminalidade está grande, os mendigos estão cada vez mais nas ruas, os ambulantes são muitos, não há empregos nas cidades, creches cada vez maiores. etc etc etc... Entra governo, sai governo e tudo continua a mesma coisa. Aí entra uma Argentina, atingida por uma seca perversa, sem produçao e consegue vender leite em pó subsidiado da UE comprado com o preço inferior de mercado e exporta para nós por um preço abaixo do custo de produçao, e nosso governo esperando o que. Todo país protege sua classe produtora, menos no Brasil, que somos tratados com descaso.

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 08/04/2009

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 08/04/2009
O esquema atual de fornecimento de leite nos programas oficiais, beneficia, de longa data, os comerciantes-importadores, além dos produtores e processadores estrangeiros de maneira geral, além dos comerciantes-exportadores argentinos. Acho que os processadores brasileiros de leite em pó têm suficiente bagagem para defender a posição de leite em pó brasileiro em ultima instância, caso não venhamos convencer as autoridades dos benefícios do leite fluído que, forçosamente, deveriam ser incluídos nos programas oficiais.

PEJUÇARA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 08/04/2009

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 08/04/2009
Lendo o artigo acima parece que o Ministro mora em outro país e está abismado com a falta de equilibrio da balança comercial entre dois paises que, por acaso, são parceiros comerciais. A fala do ilustre Ministro lembra mais a de um consultor do que a de um ministro preocupado com a sua pasta, já que ele não sabe o que fazer acerca da empresa que está importando leite da Argentina para vender, pasmem, ao governo brasileiro. Realmente é postura de um consultor.
Meu caro ministro, se o senhor não sabe o que fazer com esta empresa, então é melhor pedir o boné porque a fila anda (nem que seja de marcha a ré). Este produtor de leite sabe o que fazer e é simples, basta pedir ao seu consultor jurídico da pasta da agricultura que providências devem ser tomadas quando seu parceiro comercial faz dumping ou subsidio para exportar um produto. Normalmente o assunto é resolvido na camara de comércio entre os dois paises, e o país prejudicado (no caso o Brasil, a casa da Mãe Joana do Mercosul) aumenta a alíquota do imposto de importação do produto em questão.
A não ser que o nobre Ministro imagine que nós produtores temos lucro para produzirmos leite aqui, aí sim, é o fim da picada!