Stephanes: iniciada investigação sobre importações

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, informou à Agência Brasil que já está iniciado "o processo de investigação" quanto à suposta triangulação na importação do leite da Argentina. "Acionamos o serviço de vigilância sanitária e pedimos à Receita Federal para fazer exame das origens", disse ele, acrescentando que já se reuniu com a Comissão de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, informou à Agência Brasil que já está iniciado "o processo de investigação" quanto à suposta triangulação na importação do leite da Argentina. "Acionamos o serviço de vigilância sanitária e pedimos à Receita Federal para fazer exame das origens", disse ele, acrescentando que já se reuniu com a Comissão de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O ministro informou que em uma semana ou dez dias o governo poderá estabelecer alguma medida para reverter a importação, o que poderá ser o aumento de alíquota. Ele não quis antecipar percentuais em estudo.

A iniciativa de Stephanes foi elogiada pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que não poupou críticas ao Itamaraty. "A chancelaria brasileira deve defender o Brasil e não os países da América do Sul. Essa boa vontade da chancelaria nos traz muita dúvida e insegurança. É muito fácil ser paciente quando não se produz, quando não está em jogo o seu patrimônio, toda a sua atividade e o seu trabalho", reclamou a senadora.

Gilman Viana, secretário de Agricultura de Minas Gerais (que representa 30% da produção nacional de leite), complementa as críticas à diplomacia e ao governo federal. "As autoridades brasileiras têm falado que são contra o protecionismo nessa época de crise. Quanto mais aberto o comércio, melhor [dizem]. Eu perguntaria: é essa abertura que o governo brasileiro quer? Nós estamos sendo instrumentos de uma exportação subsidiada que degrada a produção brasileira".

A reportagem da Agência Brasil manteve contato com a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores que não tinha conhecimento de qualquer formalização de pedido de investigação ou denúncia de triangulação das importações de leite pela Argentina.

A matéria é de Gilberto Costa, da Agência Brasil, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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PEDRO DONIZETE DA COSTA
PEDRO DONIZETE DA COSTA

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/02/2009

Ser produtor neste País é árduo. Vender leite a R$ 0,55 o litro, porque importadores compram leite subvencionado da Europa, via Argentina, e concorrem conosco deslealmente. Nós pagamos impostos, mas eles não! Nós aqui dos distantes rincões sabemos, mas o Governo não sabe dessa importação criminosa. Até os argentinos nos fazem de bobos. Kátia Abreu, dá duro nesse governo. Ensine esse povo a ser sério.
L.  Ferreira de Aguiar
L. FERREIRA DE AGUIAR

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/02/2009

A maneira como tratam os assuntos de política externa no Brasil nos deixa preocupados. O resultado dessa investigação em andamento não será nada favorável a nós. O governo brasileiro com sua megalomania, sonhando com uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU e em ser líder do continente a qualquer custo, faz concessões inadmissíveis como no caso do gás na Bolívia, do petróleo na Venezuela e da hidrelétrica no Equador. Além de gafes ridículas como o asilo político ao latrocida italiano e o ataque de neonazistas a uma brasileira na Suíça. Só espero que no caso da triangulação na importação de leite da União Européia via MERCOSUL, ele tome decisões que não prejudiquem o produtor brasileiro.

Que continue com seu discurso político para sua platéia comprada com bolsa esmola e empreguismo, mas tenha um pouco de responsabilidade no trato com os interesses de seus produtores rurais, que não são bandidos como são apresentados a sociedade, mas trabalhadores brasileiros que sobrevivem à custa de muito trabalho em uma luta solitária, sem uma política agrícola e agora taxados como criminosos ambientais por decreto lei.

L.Aguiar.
Márcio Fonseca do Amaral
MÁRCIO FONSECA DO AMARAL

ALEGRETE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/02/2009

Parabéns a Senadora Kátia Abreu. É importante esta vigilância das entidades representativas, como CNA, com os nossos vizinhos, pois não é a primeira vez que eles realizam dumping para cima do Brasil no setor de laticínios.

Embora estejam passando por uma das maiores crises econômicas do setor produtivo (por incompetência de seu governo, somada a uma estiagem prolongada), isto não justifica penalizar o produtor brasileiro que investe em melhoramento genético e alimentação e que tem lutado muito para ajudar o Brasil a ser uma das potências no setor agrícola a nível mundial.

Está provado que o produtor de leite brasileiro tem um enorme potencial e o que falta é uma política que lhe de um mínimo de segurança para trabalhar e investir. Prova disto foi o salto na produção nacional quando o preço esteve favorável, e que segundo alguns dados preliminares, mesmo com o achatamento de preços (em algumas regiões, diga-se de passagem - produtores na região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul receberam cerca de R$ 0,49/ litro de leite) o Brasil atingirá 32 bilhões de litros em 2009, contra 27 bilhões do ano passado.

Esperamos uma atitude forte por parte do governo federal.
Paulo Maurício Furtado de Oliveira Dantas
PAULO MAURÍCIO FURTADO DE OLIVEIRA DANTAS

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 21/02/2009

Sendo assim, com esta nova descoberta, a alíquota sobre as importações, deverá ser maior que o índice pago pelo mercado interno. Chegou a hora do produtor.
Qual a sua dúvida hoje?