Stephanes: cinco pontos a resolver no Código Florestal
Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, existem cinco pontos básicos que precisam ser resolvidos para que não se inviabilize boa parte da agricultura brasileira. A primeira reivindicação é para que áreas de preservação permanente (APPs), como margens de rios e de nascentes, sejam somadas no cálculo da reserva legal obrigatória, que varia de 20% a 80% do tamanho da propriedade, dependendo do bioma em que se encontra.
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Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, existem cinco pontos básicos que precisam ser resolvidos para que não se inviabilize boa parte da agricultura brasileira. A primeira reivindicação é para que áreas de preservação permanente (APPs), como margens de rios e de nascentes, sejam somadas no cálculo da reserva legal obrigatória, que varia de 20% a 80% do tamanho da propriedade, dependendo do bioma em que se encontra. Nesse caso, se essas áreas forem equivalentes ao exigido na lei, não seria preciso formar uma reserva florestal. Caso o tamanho seja inferior, a área a ser reflorestada seria feita aumentando-se a área de vegetação às margens dos rios e nascentes.
"É muito mais lógico do que ter uma reserva separada. Eu acho que isso daria um saldo muito grande e se começaria efetivamente a recuperar as margens dos rios nessas áreas mais consolidadas do Centro-Sul", afirmou Stephanes.
O segundo ponto é a permissão do uso de várzeas, topos de morros e encostas em áreas já consolidadas por uma agricultura sustentável. É o caso de grande parte das plantações de café de Minas Gerais, que garantem ao estado a condição de maior produtor nacional do grão. De acordo com a lei, essa produção atualmente é ilegal.
O terceiro item vale para os pequenos produtores que não estão à margem de rios e nascentes, que poderiam fazer sua reserva legal de forma mista. Assim, além de levar em conta a biodiversidade, seriam cultivadas árvores que pudessem ser exploradas economicamente, como o babaçu e o dendezeiro. "Caso contrário, muitos proprietários podem ter inviabilizada a produção em suas terras, e já existe tecnologia para esse sistema misto", garante Stephanes.
Para as propriedades maiores, a proposta que talvez mais crie polêmica entre produtores e ambientalistas é que permite fazer em outras áreas o reflorestamento da reserva legal obrigatória. Segundo o ministro, não seria bom perder áreas com terras muito boas e que já estão produzindo há muito tempo, como é o caso de várias fazendas, principalmente no Paraná, em São Paulo e Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
"O produtor fica com a obrigatoriedade, mas pode fazer isso fora, ou pode comprar de quem tem florestas excedentes ou até ajudar a manutenção de florestas públicas, como compensação", propõe o ministro. No último caso, o governo estabeleceria o valor equivalente a cada hectare preservado ou projeto de reflorestamento.
O último ponto colocado por Stephanes trata de anistia a produtores que procuram o governo para regularizar alguma situação relacionada ao Código Florestal, ocorrida no passado. "É preciso rever essa questão de punição para aqueles que não estão de acordo com a legislação, mas por desconhecê-la. É que ela se tornou, através do tempo, extremamente complexa e difícil, e o produtor deve ser incentivado a cumprir com essa obrigação", apontou.
O ministro disse que os outros pontos em discussão "derivam" desses cinco, que são considerados "básicos". Ele reforça, no entanto, que ao contrário de uma proposta de desmatamento na Amazônia, que alguns ambientalistas creditaram a ele antes do rompimento das discussões do grupo de trabalho, seu pedido é para que se criem condições para o desmatamento zero na floresta. "E não é só proibir o desmatamento ilegal e achar formas de coibir isso em tempo real para evitar que ele aconteça e a gente saia correndo atrás, como também criar uma condição para que aquele que tem direito a desmatar, não o faça. Que seja criando um fundo, uma forma de pagamento, de remuneração, para que não haja mais desmatamento", disse.
A reportagem é de Danilo Macedo para a Agência Brasil, resumida e adaptada pela equipe AgriPoint.
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GOIÂNIA - GOIÁS
EM 08/05/2009

OURO PRETO DO OESTE - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 17/04/2009
Agora chegou a hora de pensar no resto do pais que destruiu suas florestas e acabaram com suas nascentes. Aqui na Amazonia tem floresta com fartura, lugares inexploráveis, chegou a hora de parar os desmatamentos na Amazonia e o resto do pais restaurar o que destruiram no passado. Assim nós poderemos viver em paz, sem que o resto do mundo fique nos cobrando o que verdadeiramente não é. Espero que politicos sensatos estudem novas maneira para acabar com esse impasse.
Sou um pequeno produtor de leite e carne da região central de Rondônia e me preocupo com a floresta e principalmente com a água, que é o bem mais precioso que temos, mas também com o desenvolvimento da nossa região e consequentemente com o resto do Brasil.

UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 14/04/2009
um pau de lenha para o fogão. Serão autorizados a derrubar o restante? Serão indenizados pelas ongs? Pelo governo? Ou pelos ambientalistas que se quer sabem como se produz um pé de feijão. Presisamos urgentemente rever esta lei ambiental.
Desafio qualquer ambientalista a viver sem agredir a natureza, vivendo em caverna, pelado, comendo fruta e tomando agua na palma da mão, pois diferente disso e impossivel viver sem agredir a natureza.

TAPURARI - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 14/04/2009

MACEDÔNIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 14/04/2009

UBERABA - MINAS GERAIS
EM 13/04/2009

PIMENTA BUENO - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE OVINOS
EM 12/04/2009
O proprietário além de ser um preservador passaria a ser um fiscal e multiplicador dos beneficios da preservacao. Não esquecendo que aqueles que estao sendo penalizdos hoje foram assim orientados pelo poder público a Integrar para não Entregar.

AGUAÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/04/2009
faltando só o entendimento com os nossos ambientalistas "xiitas" de plantão.

CUIABÁ - MATO GROSSO
EM 09/04/2009
Cada Estado deve dar a sua cota de sacrifício. As instituições próprias devem desenvolver sementes de uva, maçã, café, para serem produzidas em qualquer tipo de solo, altitude tec.
O que NÃO PODE é privilegiar a região SUL em detrimento do NORTE, exceto se os proprietários de terra da região norte forem "BEM REMUNERADOS" para deixarem suas terras cobertas de floresta, quando legalmente possam desmatá-la, óbvio.
Os proprietários de terra situadas na Amazônia Legal, não pode ser punida, pela ganância das outras regiões.

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 09/04/2009
O Brasil continuaria a ser um grande produtor, até aumentaria sua produção de alimentos preservando o meio ambiente e trazendo novamente paz ao campo.
Lucas Aguiar.

UNAÍ - MINAS GERAIS
EM 09/04/2009
Parabens Ministro.
Pedro Araújo
Unaí - MG

OUTRO - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 08/04/2009

MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 08/04/2009

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 08/04/2009

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 08/04/2009
É indiscutível que algumas coisas são sagradas como as matas ciliares, fontes e cursos dagua, áreas de mata remanescentes que precisam ser preservados a qualquer custo, mas não sacrificar áreas produtivas onde se investiu pesado para que assim se tornassem e impor um custo absurdo ao produtor para recompor a reserva. Meio ambiente não é só mato e animais. É também solo que precisa ser conservado, é água que não pode ser poluida, dentre outras práticas tão ou mais importantes e não se vê nenhuma ONG cobrando do governo atitudes neste sentido. A sociedade precisa conhecer melhor a realidade rural e deixar de imaginar o produtor como inimigo do meio ambiente, que chora de barriga cheia. Se a produção for prejudicada por leis burras, o preço será pago por toda a sociedade. Ao governo, que na ansia de arrecadação tributa pesadamente tanto os insumos como a produção agrícola, diriamos que seria mais eficaz, tornar os insumos mais baratos, de modo que seja muito melhor recuperar e investir em áreas antigas do que desmatar. O bolso sempre acaba falando mais alto.