SP: Programa Vivaleite passará por reestruturação

O governo de SP deve reduzir em 42% a aquisição de leite prevista pelo Projeto Vivaleite, que fornece gratuitamente a bebida a 736 mil famílias do Estado. Outra ação do governo paulista será a redução no valor recebido pelas indústrias que entregam o leite para o governo. Segundo o secretário de Agricultura do Estado, João Sampaio, o Programa Vivaleite será "otimizado" e não haverá cortes de beneficiários, mesmo com a aquisição prevista de um menor volume.

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O governo de São Paulo deve reduzir em 42% a aquisição de leite prevista pelo Projeto Vivaleite, que fornece gratuitamente a bebida a 736 mil famílias do Estado. Dois editais publicados na última semana e que renovam a aquisição, por meio de pregão eletrônico, preveem a compra de 44,672 milhões de litros para os últimos sete meses de 2009, ou 6,381 milhões de litros por mês. Pelo total contratado, atualmente, são fornecidos 11,042 milhões de litros por mês.

Os editais foram publicados pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e os resultados do pregão estão previstos para 9 e 10 de junho. Se a redução até o final do ano for proporcional ao número de famílias, cerca de 310 mil deixariam de receber o benefício do governo paulista.

O secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, afirmou que o Programa Vivaleite será "otimizado" e que não haverá cortes de beneficiários, mesmo com a aquisição prevista de um menor volume. "Nós queremos otimizar o programa e apurar se algum beneficiário recebe o leite em duplicidade, ou seja, por meio de um programa da prefeitura local e também do governo do Estado", disse Sampaio, por telefone à Agência Estado, de Paris, onde participa da reunião da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).

Segundo Sampaio, novos leilões de aquisição serão feitos, se necessários, para a aquisição de mais leite e somente com a reestruturação do programa será possível determinar a duplicidade do recebimento. "Se um beneficiário receber em duplicidade é viável que ele siga apenas com o programa municipal e que destinemos o leite para outra pessoa carente e que não é atendida hoje", disse Sampaio.

Outra ação do governo paulista será a redução no valor recebido pelas indústrias que entregam o leite para o governo. Atualmente, o valor pago pelo litro é de R$ 1,36 e, de acordo com o secretário, o teto no pregão eletrônico será de R$ 1,20 por litro. "Aumentamos ainda o número de lotes do leilão, também como uma forma de reduzir o valor pago pelo leite", concluiu Sampaio.

A matéria é de Gustavo Porto, para o Estado Online, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Pedro Martins
PEDRO MARTINS

JOÃO PESSOA - PARAIBA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/06/2009

Aqui na Paraiba desde novembro de 2003 temos o programa federal Fome Zero/PAA Leite, que em parceria com o governo do estado distribui 3,6 milhões de litros/mês (80% gov. federal, 20% gov.estado) e este programa foi uma verdadeira redenção para a bacia leiteira de nosso estado, e a capitação é voltada exclusivamente ao pequeno produtor pronafiano, que dentro do limite financeiro de R$ 3.500,00, por semestre, e ao preço unitário de R$ 0,70, fornece uma média de 27,7 litros/dia.

Este programa é tão importante para nosso estado, que ate mesmo os produtores que não se enquadram neste perfil se beneficiam, pois o programa atua como regulador de mercado; no entanto, desde sua implantação não houve reajuste de preço, e hoje este preço não atende mais a expectativa do setor, o que tem levado o produtor a reduzir ou desviar sua produção. Gostaria de saber que semelhança existe entre nosso programa e o programa Vivaleite, principalmente no critério de contratação junto ao pequeno produtor.
DONIZETTI NUNES DE OLIVEIRA
DONIZETTI NUNES DE OLIVEIRA

LINS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/06/2009

O governo ira cometer uma grande erro ao fazer esta redução na distribuição do leite, precisa saber como estas informaçoes chegam ao orgão que coordena pois nas pequenas cidades do interior não tem duplicidade na entrega, é só do programa Viva Leite que é distruibuído. Se isto ocorrer realmente o grande prejudicado será o Agricultor Familiar do Estado de São Paulo, que se dedica a pecuária de leite, pois com certeza o preço pago ao produtor irá cair.
Qual a sua dúvida hoje?