A importante recuperação na recepção total de leite ocorrida na Argentina pode ser explicada, exclusivamente, pela expansão da produção diária das propriedades leiteiras, que compensou a leve diminuição registrada no número de fazendas. Entre janeiro e novembro de 2004, a quantidade de propriedades leiteiras na Argentina apresentou uma redução média de 3,2%, enquanto a produção diária por estabelecimento superou em média em 22% a do ano anterior.
Com relação ao setor primário, em novembro de 2004, as indústrias "indicadoras" - 15 empresas sobre cuja base se estima a tendência da produção primária nacional - receberam em média cerca de 16,3 milhões de litros diários, provenientes de 6360 produtores, enquanto que, no ano anterior, a média captada foi de 14,5 milhões de litros, entregues por 6530 produtores.
A redução no número de propriedades leiteiras da amostra - de cerca de 170 - deve-se à combinação de duas causas possíveis: o fechamento definitivo dos estabelecimentos e aos "passes" às indústrias menores, que oferecem preços ou prazos de pagamentos mais convenientes aos produtores, ou que têm menores exigências com relação à qualidade do leite. Seja qual for a razão, os dados mostram que esta diminuição de estabelecimentos não conseguiu reduzir o notável desempenho do setor, protagonista de uma forte expansão.
Fonte: Direção da Indústria Alimentícia, Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA)