A indústria de lácteos dos EUA pretende trabalhar com o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, em uma série de questões de política comercial, incluindo a renegociação do NAFTA, expansão dos canais de acesso ao mercado da Ásia e o impedimento da perda dos nomes comuns dos alimentos.

"Ficamos satisfeitos com a confirmação de Lighthizer devido à sua compreensão com relação às regras de comércio global e importância de acordos comerciais equilibrados para o setor de lácteos dos EUA", disse Tom Vilsack, presidente e CEO do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC).

Resistência às indicações geográficas

As indicações geográficas (IGs) têm o objetivo de identificar os produtos lácteos pela sua origem e requereriam a rotulagem de vários termos comuns em alimentos, como o queijo parmesão. "À medida que a estratégia de política comercial da administração Trump se desenvolve, queremos nos apoiar nos sucessos passados do governo dos EUA na pressão contra a agenda global de IG da União Europeia (UE)”.

A UE tem obrigado o uso generalizado de políticas de rotulagem de IG, o que o USDEC estimou que causaria US$ 2,3 bilhões em vendas perdidas para lácteos dos EUA em três anos, particularmente impactando as vendas de queijos. As exportações de queijos superaram os níveis do ano passado no primeiro trimestre de 2017, embora os volumes ainda estejam próximos dos níveis de 2014 e 2015.

Expansão do mercado

As principais demandas apresentadas para Lighthizer são:

a) foco na proteção do México, o mercado número um dos EUA;
b) insistência para que o Canadá revogue sua nova política de preço do leite e;
c) busque oportunidades de exportação adicionais em todo o mundo.

Apesar das atuais disputas comerciais com o Canadá, as exportações de leite fluido e creme de leite dos Estados Unidos aumentaram 13% no primeiro trimestre, impulsionadas por ganhos de dois dígitos nas vendas para o México e para o Canadá.

Expandir o alcance de mercado até a Ásia continua sendo uma prioridade para o setor de lácteos dos EUA. As exportações para o Sudeste da Ásia aumentaram 16% e as vendas para a China aumentaram 74% no primeiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do USDEC.

"Também queremos avaliar oportunidades para acordos comerciais bilaterais em mercados chave como o Japão", disse Vilsack, que visitou recentemente o país asiático em uma missão comercial.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint.