São Paulo adotará modelo de boas práticas sanitárias

Modelo que prevê o emprego de boas práticas sanitárias, desenvolvido pelo veterinário Iveraldo Dutra e por seus alunos do curso de Veterinária, da Unesp de Araçatuba, passará a ser aplicado em 50 fazendas de pecuária de corte e de leite. O modelo foi adotado pelo governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Agricultura, como forma de valorizar as propriedades rurais que produzem alimentos seguros. A meta é estendê-lo às demais propriedades rurais do Estado.

O protocolo de intenções para a participação da Universidade na iniciativa foi assinado em 1º de abril, pelo reitor Herman Voorwald e pelo secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, na sede da Secretaria. Segundo o secretário, é inegável o impacto que este trabalho terá no padrão da qualidade da carne, do leite e derivados produzidos no Estado.

O modelo, que enfatiza medidas de prevenção de doenças e a melhoria das condições sanitárias é resultado das pesquisas e atividades de extensão que vêm sendo desenvolvidas há cerca de 10 anos por Dutra em diversas regiões brasileiras. Os proprietários que já aplicaram o modelo reduziram seus gastos com medicamentos, viram diminuir a mortalidade de animais e aumentar a produtividade com a melhora significativa das condições ambientais e de saúde dos rebanhos.

No esquema de aplicação do modelo, os campus de Araçatuba, Jaboticabal e Botucatu, onde são oferecidos cursos de Veterinária, atuarão como centros de difusão da iniciativa. Os professores da área vão treinar os técnicos da secretaria que, por sua vez, darão orientação aos proprietários responsáveis pela implementação das boas práticas sanitárias no meio rural. Além disso, as propriedades serão cobradas para que apliquem o programa oficial de vacinação contra febre aftosa, brucelose, de controle de doenças e parasitas, entre outros itens.

O secretário João Sampaio acrescenta que o programa desenvolvido na Unesp ajudará a reduzir muitas barreiras sanitárias impostas aos produtos de exportação. Para ele, a qualificação da mão de obra pela padronização dos serviços e o maior envolvimento dos produtores na gestão da saúde animal trarão enormes benefícios ao agronegócio paulista. Sampaio admite que a adesão dos proprietários rurais ao programa poderá se tornar obrigatória.

As informações são da Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.