RS pede implementação de PEP para derivados lácteos

Lideranças do setor lácteo reuniram-se para pedir ao governo federal ajustes na legislação do Programa de Escoamento da Produção (PEP) para incluir a comercialização de leite UHT e derivados, como o queijo. O regulamento em vigor prevê apenas escoamento de leite cru, o que praticamente inviabiliza a efetividade da ferramenta. O pleito consta de documento que será entregue à ministra Tereza Cristina nesta quinta-feira (29/08), quando deverá visitar a 42ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

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Lideranças do setor lácteo reuniram-se para pedir ao governo federal ajustes na legislação do Programa de Escoamento da Produção (PEP) para incluir a comercialização de leite UHT e derivados, como o queijo. O regulamento em vigor prevê apenas escoamento de leite cru, o que praticamente inviabiliza a efetividade da ferramenta. O pleito consta de documento que será entregue à ministra Tereza Cristina nesta quinta-feira (29/08), quando deverá visitar a 42ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

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Entendendo a urgência de medidas que viabilizem a manutenção de milhares de produtores no campo, ainda pede-se a compra emergencial de 30 mil toneladas de leite em pó e 200 milhões de litros de leite UHT. O oficio foi assinado pela Secretaria da Agricultura, Sindilat, Conseleite, Farsul, Ocergs, Fecoagro e Fetag.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que concedeu coletiva nesta segunda-feira (26/8), na Expointer, é essencial que o governo se sensibilize com a situação do setor produtivo, principalmente após a assinatura do acordo com a União Europeia, que expõe o mercado nacional aos produtos importados.

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“Sabemos da importância estratégica do livre comércio, mas precisamos estar preparados para enfrentar esse novo cenário. Em diversos países do mundo, os governos concedem benefícios ao setor lácteo que inexistem no Brasil. Precisamos de apoio e, por isso, faremos essa conversa com a ministra em Esteio”.

Sobre as potencialidades do mercado chinês, que recentemente abriu as portas aos lácteos brasileiros, o presidente do Sindilat acredita que ainda há muito trabalho a ser feito. “O primeiro é buscar competitividade. Para ingressar no mercado chinês, o Brasil precisará operar com margens menores em um primeiro momento”.

Segundo cálculos do Sindilat, para viabilizar exportações, o Brasil precisaria reduzir o preço de exportação da tonelada de leite em pó dos atuais US$ 3.100 para algo próximo de US$ 2.900, uma redução de cerca de 6%. “A China compra tradicionalmente da Nova Zelândia dentro do valor de mercado. Não irá substituir fornecedores sem uma boa vantagem comercial”, ponderou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Para conseguir essa redução, estima ele, o preço pago pelo litro de leite também precisaria diminuir cerca de 30% sem, contudo, atingir a rentabilidade dos tambos.

“Os produtores precisam ser mais competitivos, produzir em maior escala e com menores custos. Este foi o caminho trilhado pelas grandes nações exportadoras de leite no mundo e será o rumo que o Brasil terá que tomar se quiser aproveitar esses novos mercados”. E completou: “Sem fazer o dever de casa será inviável aproveitar as oportunidades que se abrem e, por outro lado, seremos impactados pelas aquisições da Europa”.

As informações são do Sindilat.

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Marilia Neves
MARILIA NEVES

IGARAPAVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/08/2019

Com essa carga tributária em cima é impossível abaixar os custos. Nem passando fome!!!!
Jéssica Guimarães
JÉSSICA GUIMARÃES

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/08/2019

Oras por favor, sempre pedindo ao produtor a diminuir os custos e aumentar a produção, como se fosse simples, sendo que em cada litro de leite comercializado está ali vários tipos de impostos fixados pior que carrapato sanguessugas, estradas em péssimas condições aumentando assim o valor do frete, energia elétrica e combustível só aumentando o preço, mão de obra cada vez mais escassa (porque nos dias atuais ninguém quer trabalhar mais de domingo a domingo), gostaria de saber ao menos um motivo para que nós produtores de leite pudéssemos diminuir o preço do nosso produto, está ficando cada vez mais inviável trabalhar neste segmento, se bobear a gente ainda passa por vilão da história. A sociedade precisa saber que para cada copo de leite na mesa, existe muito suor que escorreu no rosto de cidadão, o qual também é feito de carne e osso como todos.
Alexandre Albrecht
ALEXANDRE ALBRECHT

CARAZINHO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/08/2019

Como seremos competitivos, com essa enorme carga tributária embututida em nossos custos.
Jose LairihoyJoseOpen Way
JOSE LAIRIHOYJOSEOPEN WAY

CAXIAS DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/08/2019

Tem que parar de producir litros e producir kilos , fomentar iso .
Qual a sua dúvida hoje?