RS: empresas querem expandir negócios com derivados

Mesmo com espaço garantido pelas tradicionais caixas de leite longa vida nas casas de grande parte dos consumidores, a indústria de laticínios quer ir além. A ordem é ganhar território nas geladeiras dos brasileiros com aumento da variedade e da produção de derivados de leite, como iogurtes, leite condensado, bebidas lácteas e queijos.

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Mesmo com espaço garantido pelas tradicionais caixas de leite longa vida nas casas de grande parte dos consumidores, a indústria de laticínios quer ir além. A ordem é ganhar território nas geladeiras dos brasileiros com aumento da variedade e da produção de derivados de leite, como iogurtes, leite condensado, bebidas lácteas e queijos.

Trata-se de um esforço que vai desde os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento das grandes fábricas até o manejo dos animais do campo, passando por eventos como a 32ª Expoleite, que ocorre dentro da programação da Feira Nacional de Agronegócios do Sul - Fenasul 2009 a partir do dia 27, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A exposição vai reunir produtores, especialistas e fabricantes de insumos da cadeia leiteira, elementos fundamentais para a obtenção de leite com qualidade adequada para a fabricação do crescente portfólio do setor.

"E a pecuária de leite está muito profissional porque as indústrias exigem uma matéria-prima de alta qualidade", acrescenta José Ernesto Ferreira, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e coordenador da Fenasul 2009.

A constatação reflete a estratégia da indústria que premia, geralmente com bônus de 10%, o criador que oferece uma matéria-prima dentro dos parâmetros para a produção de laticínios elaborados. O objetivo é permitir uma expansão de negócios independente da evolução do consumo dos tradicionais leites fluidos, como o pasteurizado e o UHT. Ou seja, em vez de acirrar a guerra no mercado do leite, as empresas optaram por buscar novos espaços nos demais segmentos.

"Hoje as empresas estão desenvolvendo a vocação delas. Umas estão se voltando para queijos especiais, outras para iogurtes e fermentados", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Estado (Sindilat/RS), Carlos Feijó.

É por isso que o crescimento na produção de leite dos últimos anos vem sendo convertido principalmente para o aumento da fabricação dos derivados em ritmo, em geral, superior ao incremento da oferta de leite UHT. É uma saída para tentar ampliar o consumo de laticínios pela população, hoje em 140 litros equivalentes (medida que conta o consumo do leite em estado puro ou por meio de derivados) por habitante por ano, segundo o diretor do Departamento Econômico da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios, Vicente Nogueira. "É pouco, porque a Organização Mundial da Saúde recomenda 180 litros", compara.

As informações são do jornal Zero Hora/RS, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Valmir Wieczinski
VALMIR WIECZINSKI

ERECHIM - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/05/2009

Tal iniciativa por parte das empresas se mostra muito interessante, pois ao atingir um nicho de mercado muito maior, atrai mais consumidores e aumenta a rentabilidade das empresas e por consequencia dos produtores, que merecem remuneração maior por seu esforço diário.
Qual a sua dúvida hoje?