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Rastreabilidade e Blockchain no setor de lácteos

POR LETÍCIA MOSTARO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/01/2021

3 MIN DE LEITURA

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A rastreabilidade é uma tendência crescente no setor de lácteos. A tecnologia de Blockchain é utilizada para compilar e rastrear dados desde a produção de leite até os pontos de venda. 

Este ano o Dairy Vision 2020, maior evento global sobre tendências de lácteos, realizou sua primeira edição on-line entre os dias 1 e 4 de dezembro.  No dia 3, ocorreu o quinto painel do evento, cujo tema central foi “O setor lácteo, sustentabilidade e comunicação”. As apresentações do painel deixaram claro que estar atento às sinalizações dos consumidores é a engrenagem de sucesso para as empresas.

Na indústria de alimentos, esta engrenagem é movida por tendências e comportamentos de consumo. Atualmente, as empresas do ramo devem estar atentas aos apelos do mercado consumidor, que aspira por sustentabilidade, praticidade, saudabilidade, transparência e rastreabilidade. Não basta mais entregar um produto de qualidade, é necessário também agregar valor à toda cadeia de produção e entender as reais e futuras necessidades dos clientes.

Para atender esta demanda cada vez mais exigente e completa, principalmente no quesito rastreabilidade, as empresas usufruem de tecnologias que compilam e simplificam dados, permitindo o acesso dos consumidores a todo caminho que o produto percorreu até chegar ao seu consumo. Uma das inovações muito utilizada pelas indústrias de alimentos, sobretudo no setor de lácteos, é a tecnologia de Blockchain.

O Blockchain pode ser entendido como um sistema de rastreamento de informações on-line, caracterizando-se por uma comunicação descentralizada e disruptiva. Esta tecnologia permite que as indústrias de laticínios ofereçam uma experiência de rastreabilidade aos consumidores, deste a ordenha do leite até os pontos de venda.

Nesta perspectiva, Tomi Síren — Chefe de Inovação Digital da Arla Foods — ministrou a palestra “Utilizando a tecnologia para alavancar a sustentabilidade” no quinto painel do Dairy Vision 2020. Durante sua apresentação, ele expôs as estratégias utilizadas pela empresa para entender os anseios de seus clientes e as ações para atendê-los. Tomi destacou que o “processo estratégico de inovação tecnológica da Arla é de fora para dentro, focando no resultado triplo, ou seja, com foco no planeta, pessoas e lucros.”

“Levamos as pessoas para a realidade externa. Convidamos elas a pensarem de forma diferente com uma nova visão de algo que estão atuando na vanguarda da tecnologia ou da nutrição”, completou.

De acordo com Tomi, o eixo central do projeto de inovação digital da Arla é tornar transparente e rastreável a cadeia de produção de leite orgânico da empresa no mercado finlandês. Ao decorrer da palestra, ele realizou uma retrospectiva anual das principais ações para tornar este objetivo uma realidade.

Em 2018, uma pesquisa realizada pela própria empresa revelou que 67% dos consumidores finlandeses gostariam de saber sobre a origem e o caminho de seus produtos. Então, para coletar estes dados, a empresa criou através da tecnologia de Blockchain o “Arla MilkChain”, aplicativo que por meio de uma câmera de inteligência artificial monitora o dia a dia da fazenda leiteira, atendendo, assim, o desejo do mercado consumidor.

No ano seguinte, a empresa atendeu a outra preocupação de seus clientes: o bem estar-animal. Desta forma, foram incluídos na plataforma "Arla MilkChain" blocos de dados do bem-estar animal nas na propriedades de leite orgânico da empresa.

Em 2020, a rastreabilidade proporcionada aos clientes da Arla ultrapassou a porteira das fazendas. A empresa acrescentou dados de envio logísticos, agregando valor aos pontos de vendas.  Tomi destacou que o desafio para o futuro é escalonar estes dados, “criando a produção de leite em escala mais transparente possível”.

Além do case da Arla, também foram expostos no quinto painel do Dairy Vision 2020 temas como agricultura regenerativa, sustentabilidade e a visão sobre o futuro dos lácteos. Ao final da exposição de cada case, podemos concluir que a inovação aliada a tecnologia é a chave para entender as tendências de consumo, agregando valor à cadeia de produção leiteira e conquistando o mercado consumidor. Afinal, quem inova, sai na frente!

Dairy Vision 2020

O evento realizou sua primeira edição on-line entre os dias 1 e 4 dezembro e contou com 30 palestras com palestrantes de 14 países diferentes, proporcionando aos 350 participantes do evento uma experiência e visão global do setor de lácteos. O Dairy Vision 2020 foi realizado pela AgriPoint em parceria com diversas indústrias do setor. A equipe AgriPoint agradece a participação de todos que tornaram esta edição um grande sucesso. Nosso próximo encontro já está com data marcada: dias 24 e 25 de novembro de 2021, em Campinas/SP. Nos vemos no Dairy Vision 2021, até lá!

LETÍCIA MOSTARO

Bacharel em Laticínios pela UFV, Pós-Graduada em Eng.de Produção, Pós-Graduanda em Marketing Digital e Analytics.

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ANTONIO JUNIOR

FLÓRIDA

EM 11/01/2021

Ver o desenvolvimento do sistema completo de rastreabilidade de produtos de origem animal é fantástico.

Em 2005 publiquei um trabalho científico nessa área e voltei minhas atenções nessa direção em 2002.

na época a indústria não tinha a visão de que isso agregaria um valor enorme para as cadeias produtivas. E não tive na época nenhum esforço por parte da indústria e governo. as tarefas das empresas eram somente para cumprir exigências, ou seja, somente mínimo do básico.
mesmo assim desenvolvi um processo de rastrear os produtos, não somente por lote, mas em unidade, me dando condições de saber além da genética materna e paterna, bem como a alimentação, informações do sistema de produção, número de lactações, a total origem de tudo com exatidão.

O conceito era: "be safe, know our origin"

Isso em produtos lácteos e em carne bovina.
ANTONIO JUNIOR

FLÓRIDA

EM 11/01/2021

Ver o desenvolvimento do sistema completo de rastreabilidade de produtos de origem animal é fantástico.

Em 2005 publiquei um trabalho científico nessa área e voltei minhas atenções nessa direção em 2002.

na época a indústria não tinha a visão de que isso agregaria um valor enorme para as cadeias produtivas. E não tive na época nenhum esforço por parte da indústria e governo. as tarefas das empresas eram somente para cumprir exigências, ou seja, somente mínimo do básico.
mesmo assim desenvolvi um processo de rastrear os produtos, não somente por lote, mas em unidade, me dando condições de saber além da genética materna e paterna, bem como a alimentação, informações do sistema de produção, número de lactações, a total origem de tudo com exatidão.

O conceito era: "be safe, know our origin"

Isso em produtos lácteos e em carne bovina.

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