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Promotor do RS diz que fraude do leite cessará com regulamentação

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/05/2014

4 MIN DE LEITURA

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O promotor Mauro Rockenbach, da área Especializada Criminal do Ministério Público do Rio Grande do Sul, afirmou que a solução para que as adulterações de leite cessem é a regulamentação da indústria de laticínios. Ele coordenou junto com Alcindo Bastos da Silva Filho, da Especializada de Defesa do Consumidor, a quinta etapa da Operação Leite Compensado, que prendeu nesta quinta-feira (8) três pessoas no Vale do Taquari. Segundo ele, no entanto, a formalização dos processos não é discutida no sindicato da categoria.

"Sinalizo há horas para o sindicato para fazermos um grande termo de conduta e responsabilidade, credenciando laboratórios, com mais rigor na matéria-prima e na escolha de transportadores. Só que nós não temos disposição das indústrias nesse sentido", apontou Rockenbach em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta manhã.

A ação ocorre exatamente um ano depois do início da ofensiva contra o esquema. Os alvos são as indústrias de laticínios Pavlat, cujo proprietário, Ércio Vanor Klein, foi preso, e Hollmann, que teve presos o dono, Sérgio Seewald, e o funcionário responsável pela política leiteira, Jonatas William Krombauer. Todos são suspeitos de acrescentar ao leite substâncias como soda cáustica e água oxigenada.

O G1 entrou em contato com a assessoria da Pavlat, em Paverama, que disse que está colhendo informações com os integrantes do MP e do Ministério da Agricultura presentes no local sobre o caso e divulgará nas próximas horas uma nota para a imprensa. Já a indústria Hollmann, em Imigrante, preferiu não se manifestar por enquanto. O advogado de Sérgio Seewald disse ao G1 que se manifestará apenas pela tarde. Já o colaborador Jonatas, ao ser preso, negou a fraude. "Aqui nunca adulteramos leite", afirmou à imprensa.

A operação foi desencadeada em 10 cidades do Vale do Taquari e do Vale do Sinos. O G1também entrou em contato com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat/RS) que preferiu não se manifestar ainda sobre o caso. As duas empresas envolvidas nesta etapa da operação são associadas do sindicato.

De acordo com o Ministério Público, a investigação dos suspeitos foi realizada por meio de escutas telefônicas e análise da compra de produtos por transportadores, após 91 laudos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atestarem inconformidade com as normas de qualidade. Segundo o MP, esta etapa envolve toda a cadeia leiteira.

Durante as investigações, chegaram a ser apreendidas cargas de leite UHT adulterado da Pavlat em um supermercado deFlorianópolis, em Santa Catarina. Os lotes foram retirados do mercado. Em relação à Hollmann, análise do leite cru constatou que pode ter sido comercializado produto em estado de deterioração.

"A soda cáustica é usada para estabilizar o leite, para estabilizar a acidez. Já o peróxido de hidrogênio, a água oxigenada, é colocada depois para agir como antisséptico", completou o promotor. Conforme Rockenbach, ainda é difícil dizer a quantidade de leite adulterado, já que o produto sofre diluições.

























Credito da foto: Felipe Truda

Operação ocorre um ano depois da primeira fase


Além das prisões, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, parte deles em Paverama, sede da Pavlat, e Imigrante, sede da Hollmann. Além de produtores, também foram apreendidos caminhões de transportadores, também suspeitos de adulterar leite. As demais cidades onde foi realizada a operação foram Teutônia, Arroio do Meio, Encantado, Venâncio Aires, Marques de Souza, Travesseiro, Novo Hamburgo e Cruzeiro do Sul.

“Percebemos que este pessoal que transportava o leite de uma forma ou de outra ajustava esse leite. Eles levavam a matéria-prima até a indústria, e havia uma cumplicidade entre as indústrias e os transportadores”, disse o promotor Mauro Rockenbach, da Especializada Criminal do MP, que coordenou a ação junto com Alcindo Bastos da Silva Filho, da Especializada de Defesa do Consumidor.

Segundo o Ministério Público, as indústrias compravam leite deteriorado de transportadores por um preço mais baixo. Como as empresas de laticínios têm obrigação de possuir laboratórios semelhantes aos usados nos testes do Mapa, sabem se o produto se enquadra nas normas ou não. “A indústria identifica uma carga de baixa qualidade porque sabe que vai pagar menos”, diz o promotor.

De acordo com o MP, a acidez resultante do estado de decomposição era neutralizada com o uso de citrato, soda cáustica, bicarbonato de sódio e água oxigenada (peróxido de hidrogênio). As indústrias também utilizavam amido após diluir o leite na água, para disfarçar o aspecto aguado.

O leite adulterado era diluído, o que dificultava a detecção em testes de qualidade. O objetivo era lucrar mais com o produto. “Um leite que custava em média R$ 1 perdia valor e era comprado por R$ 0,30. Aí era adulterado, ia para o silo, era diluído e passava a valer R$ 1 novamente no mercado”, exemplificou o promotor.

As investigações começaram em agosto do ano passado. Ao examinar notas fiscais de compras realizadas por transportadores de leite, o MP constatou que desde 2009 havia ureia entre os produtos comprados. No entanto, os transportadores pararam de adquirir o produto depois de maio do ano passado, quando foi deflagrada a primeira etapa da Leite Compensado. Desde então, soda cáustica e cal começaram a figurar entre os produtos comprados por suspeitos de adulterar o leite.


“Envenenamento em massa”, diz juíza


Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram deferidos pela juíza Patricia Stelmar Neto, de Teutônia. Após ter acesso ao resultado da investigação, a magistrada escreveu na decisão que os três suspeitos “eram sabedores do que estavam fazendo”, e considerou o crime “hediondo”. “Trata-se, na concepção deste juízo, de um envenenamento em massa, beirando ao genocídio contra os consumidores de leite e seus derivados”, diz trecho do texto obtido pelo G1.

“A saúde pública é vilipendiada”, destaca a juíza, que diz duvidar que o leite adulterado era consumido pelos suspeitos e seus familiares. “A dimensão danosa da conduta dos investigados é imensurável, já que ataca a própria saúde, boa-fé e dignidade do ser humano. Paulatinamente, os investigados estão a envenenar a população”, acrescentou.

A notícia é do G1 RS.
 

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ADILSON DE BARROS

INDEPENDÊNCIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/05/2014

Isso só acabará com Leis rigorosas no momento ta abertura das empresas, Laticínios e Transportadores. Qualquer com um caminhãozinho já é freteiro. É óbvio que é passo pra fraudarem, isso sem falar nos calotes das industrias aos produtores.

Nós produtores perguntamos quem vai resolver isso.

Como temos a Responsabilidade de produzir Leite de qualidade, precizamos de leis que nos de garantia sobre o  produtos que vendemos. é pouco só uma fixa de entrega.

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