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Produtos sem leite: é isso mesmo que os consumidores querem?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 15/06/2018

4 MIN DE LEITURA

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Amêndoas, ervilhas, aveia, coco e cânhamo. Parece que tudo isso é transformado em bebidas nos dias de hoje. A tendência dessas bebidas não lácteas significa competição para o setor de lácteos, embora esse espaço também enfrente alguns desafios, de acordo com especialistas do Rabobank em um novo relatório.

A oferta de produtos sem lácteos tem crescido nos últimos anos. Geralmente, eles chegam às prateleiras dos supermercados em embalagens sofisticadas. Não muito tempo atrás, esses produtos eram chamados de leite (como em "leite de amêndoa"). No entanto, a Comissão Europeia decidiu em 2017 que isto causa confusão e leva a danos à indústria de lácteos, de forma que os termos leite, manteiga e queijo não podem ser usados para produtos não lácteos. No entanto, o espaço dos produtos alternativos aos lácteos continua se desenvolvendo e se movimentando em resposta à demanda do consumidor.

O fator principal que leva os consumidores a escolherem produtos sem lácteos é uma mudança na percepção. Algumas pessoas acreditam, inclusive, que eles são mais saudáveis.

Foto: Koos Groenewold

O maior fator que leva os consumidores a escolherem produtos lácteos é a mudança na percepção dos consumidores, que acreditam que a ausência de produtos lácteos é melhor para eles. Esses mesmos consumidores confiam em suas próprias percepções e outras influências mais do que em profissionais, de acordo com vários estudos. São principalmente os Millennials e a Geração Z que escolhem produtos livres de produtos lácteos. Suas percepções de saúde e sustentabilidade (incluindo o bem-estar animal e a pegada ambiental) são motivações fundamentais para a escolha de limitar o consumo de produtos lácteos.

O Rabobank acha surpreendente, no entanto, que preço e sabor não sejam incentivos para os consumidores abandonarem os lácteos. No entanto, eles são as principais variáveis entre as decisões de compra dentro de categorias alternativas aos produtos lácteos. Preocupações mais específicas relacionadas à saúde, como intolerância à lactose e alergias ao leite, também desempenham um papel no crescimento das alternativas aos lácteos. Ao mesmo tempo, percepções errôneas de intolerância e alergias estão aumentando. Isso também é visto com o glúten, por exemplo.

Ao mesmo tempo, vemos que as empresas de lácteos também se movem para o espaço dos produtos sem leite. No ano passado, a Danone concluiu uma aquisição da WhiteWave, uma empresa líder em alternativas aos lácteos. Antes, a WhiteWive pertencia à Dean Foods. Segundo a Danone, essa aquisição trará sinergias na combinação da cadeia de fornecimento global e da tecnologia da Danone com o portfólio de produtos da WhiteWave.

Na Finlândia, a Valio, maior cooperativa de lácteos do país, lançou recentemente a OddlyGood, uma gama de produtos à base de aveia.  O produto foi lançado na Finlândia e na Suécia. O interesse de investimento está crescendo na região Ásia-Pacífico, o maior mercado de alternativas aos lácteos do mundo.

Em 2011, a Nestlé anunciou que assinou um acordo com a fabricante de bebidas à base de amendoim na China. A Inner Mongolia Yili, a maior fabricante de produtos lácteos da China, também entrou no mercado de bebidas vegetais com a bebida da marca 'Yili Walnut Milk' em 2013.

Mas o que é realmente saudável então?

De acordo com vários estudos, as alternativas à base de vegetais não apresentam desempenho tão bom quanto os produtos lácteos convencionais nos testes de sabor, tentando, dessa forma, chegar a um sabor parecido com o do leite. Eles também são menos densos em nutrientes, custam mais do que os produtos lácteos convencionais e são altamente processados, com longas listas de ingredientes quando comparado ao leite.

Apenas alternativas à base de soja têm conteúdo de proteína comparável, enquanto outras alternativas têm um conteúdo de proteína relativamente menor. Assim, melhorar a qualidade e a quantidade de proteínas é um grande desafio. O preço de varejo das alternativas aos lácteos é outro obstáculo a ser superado. O preço desses produtos - tipicamente - é cerca de duas vezes maior do que o preço dos lácteos nos EUA e na Europa, locais onde a oferta desses produtos é maior. No Brasil, como há menos opções até então, a diferença desses valores é maior.

Como o setor de lácteos pode responder?

É inegável que os consumidores estão demandando mais produtos sem leite e por isso, de acordo com o Rabobank, as empresas tradicionais de lácteos têm muitas maneiras de responder a isso. Em primeiro lugar, é importante que as empresas continuem focando em encontrar um espaço para o leite. A ideia de investir em atividades não lácteas pode canibalizar os produtos lácteos.

Ao mesmo tempo, investir em produtos não lácteos poderia fornecer aos produtores a diversidade em suas operações agrícolas e fluxos de renda. A inovação de produtos oferece outra oportunidade, possivelmente menos controversa, para o setor lácteo. Também, há um potencial no desenvolvimento de produtos que podem ser uma combinação de ingredientes lácteos e vegetais.

As informações são do https://www.dairyglobal.net, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

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