A alta registrada em agosto é também o melhor resultado mensal desde junho do ano passado, quando houve avanço de 12,6%, na comparação com o mês imediatamente anterior. Segundo o IBGE, a recuperação em agosto foi puxada pela indústria extrativa, que cresceu 6,6% no mês, impulsionada pelo aumento na extração de minério de ferro, petróleo e gás.
Apesar da indústria ter voltado a crescer, o ritmo de recuperação ainda é menor que o registrado no ano passado. Na comparação com agosto do ano passado, a produção caiu 2,3%. No acumulado nos 9 primeiros meses do ano, o setor acumula queda de 1,7%. Em 12 meses, a produção industrial mostra uma perda ainda maior de ritmo, ao passar de -1,3% em julho para -1,7% em agosto, permanecendo em trajetória descendente iniciada em julho do ano passado.
Recuperação lenta e perspectivas
A indústria tem sido afetada em 2019 pelo ritmo mais fraco de recuperação da economia e também por fatores adicionais como a queda das exportações para a Argentina e pelos reflexos da tragédia de Brumadinho (MG).
A Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o excesso de estoques foi reduzido em agosto, mas que os índices de expectativa de demanda, de quantidade exportada e de investimentos permanecem em queda.
Para o consolidado no ano, os economistas das instituições financeiras projetam uma queda de 0,54% na produção industrial, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Para o resultado do PIB de 2019 do Brasil, a previsão atual do mercado é de uma alta de 0,87%.
As informações são do G1.