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Preços agrícolas seguirão em alta em 2022/23, dizem FAO e OCDE

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/06/2022

4 MIN DE LEITURA

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A atual recuperação dos preços das commodities agrícolas deve ser ser temporária. As cotações podem permanecer elevadas na safra 2022/23, mas a expectativa é de que, depois, retomem sua tendência de queda em termos reais, avaliam a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No curto prazo, uma incerteza está relacionada à guerra entre Rússia e Ucrânia. A diminuição das exportações desses países está elevando os preços internacionais de alimentos e rações, e aumentos adicionais das cotações podem ocorrer se a guerra mantiver os preços da energia e dos fertilizantes em níveis elevados e prolongar as limitações dos embarques ucranianos e russos.

Relatório divulgado ontem (29/6) apresenta uma avaliação de curto prazo sobre como a invasão da Ucrânia feita pela Rússia pode afetar os mercados agrícolas globais e a segurança alimentar. Segundo o documento, os preços de equilíbrio do trigo poderiam ficar 19% acima dos níveis pré-conflito se a Ucrânia perder totalmente sua capacidade de exportação e 34% mais altos se, além disso, as vendas russas ao exterior caírem a 50% dos volumes habituais.

Na hipótese de um grave déficit das exportações ucranianas e russas em 2022/23 e 2023/24, e supondo que não haja resposta global de produção, o relatório projeta um aumento adicional do número de pessoas cronicamente subnutridas no mundo após a pandemia da covid-19.

"Sofrimento humano"

"Sem a paz na Ucrânia, os desafios globais de segurança alimentar continuarão a piorar, especialmente para os mais pobres", disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em comunicado. Qu Dongyu, diretor-geral da FAO, acrescentou: "Esses preços crescentes dos alimentos e da energia, além das condições financeiras mais restritivas, estão espalhando o sofrimento humano. Estima-se que mais 19 milhões de pessoas poderão enfrentar a subnutrição crônica em todo o mundo em 2023 se a diminuição das exportações de alimentos de Rússia e Ucrânia resultar em queda da disponibilidade de alimentos".

Conforme o relatório, nos próximos dez anos, os preços agrícolas em termos reais (ajustados pela inflação) devem permanecer estáveis ou cair ligeiramente. As duas organizações dizem que isso é consistente com os fundamentos de oferta e demanda esperados até 2013.

O ambiente macroeconômico durante os próximos dez anos é particularmente incerto. Em todo caso, as projeções levam em conta que os preços da energia, que hoje estão altos, recuarão até 2023 e permanecerão fixos em termos reais para o resto da década.

Para o consumo global de alimentos, que é o principal uso de commodities agrícolas, prevê-se aumento de 1,4% ao ano nos próximos dez anos, impulsionado principalmente pelo crescimento da população. A China poderá ser responsável por 41% da demanda adicional de pescados e 34% da de carne bovina, e a Índia, por metade da demanda adicional por produtos lácteos frescos.

As perspectivas para a dieta da população global na próxima década continuam a ser determinadas, em grande parte, pelos níveis de renda. Em países de alta renda, a expectativa é de que o aumento dos cuidados com a saúde e das preocupações com o meio ambiente resulte no declínio do consumo per capita de açúcar e no crescimento modesto do consumo de proteína animal.

Em contraste, consumidores dos países de renda média poderão aumentar seu consumo de alimentos e diversificar suas dietas, com mais produtos e gorduras animais. As dietas nos países de baixa renda, no entanto, continuarão a basear-se em grande parte em alimentos básicos.

As projeções indicam que os países não alcançarão o objetivo de Fome Zero até 2030, a menos que nos próximos dez anos aumentem a produtividade agrícola global em 28%, mais do triplo da última década. Já as colheitas deveriam aumentar 24%, ou o dobro do que foi alcançado na década passada.

FAO e OCDE dizem esperar que a demanda de matérias-primas para biocombustíveis de primeira geração cresça lentamente nos próximos dez anos, principalmente devido ao declínio no uso de combustível e à redução dos incentivos em mercados-chave, como a União Europeia. Índia e Indonésia responderão pela demanda adicional de matérias-primas para biocombustíveis, impulsionada por aumento do uso de combustível e de subsídios para os agricultores. A participação dos biocombustíveis no uso global da cana-de-açúcar deverá aumentar para 23% até 2031, enquanto o uso de milho para biocombustíveis deve diminuir.

Os investimentos para aumentar a produtividade e melhorar a gestão agrícola deverão impulsionar o crescimento da safra global, segundo o relatório. Na hipótese de que haja progresso contínuo no melhoramento vegetal e transição para uma produção mais intensiva, o crescimento do rendimento deve responder por 80% do aumento global da produção agrícola, a expansão das terras cultivadas, por 15%, e o aumento da intensidade de cultivo, por 5%. A expansão das terras de cultivo vai se concentrar na Ásia, América Latina e África Subsaariana.

O crescimento em carne bovina e pescado deverá chegar a 1,5%. O relatório projeta que a avicultura será responsável por mais da metade do crescimento da produção de carne graças à rentabilidade firme e à relação favorável entre os preços da carne e da ração.

A produção de leite deverá crescer fortemente na próxima década; Índia e Paquistão responderão por metade do avanço.

O relatório destaca a contribuição significativa da agricultura para a mudança climática. As emissões diretas de gases de efeito estufa da agricultura deverão aumentar 6% na próxima década, com a pecuária representando 90% desse aumento. No entanto, as emissões agrícolas crescerão a um ritmo inferior ao da produção, graças à melhorias de rendimento e à queda na participação da produção de ruminantes, o que indica um declínio na intensidade de carbono da agricultura.

As informações são do Valor Econcômico.

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