Preço do leite sobe e anima produtores de Minas Gerais

Produtores de Leopoldina estão satisfeitos com o aumento do preço do leite. Em Tebas, distrito da cidade, eles até se reuniram para reduzir custos e aumentar a renda, mas a maior cooperativa da região alerta: o preço dos insumos e o valor pago aos produtores será repassado aos consumidores.

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O produtor rural Adyr Ávila agora esbanja sorrisos. Após um início de ano ruim para as vendas, a produção de leite dá sinais de recuperação. Segundo pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), o preço do leite pago aos produtores em março aumentou. Nos sete estados avaliados, o reajuste médio foi de 1,78% - com o litro negociado a quase R$ 0,71. Em Minas Gerais o valor máximo no período foi de R$ 0,66 e o mínimo, de R$ 0,52.

Uma das explicações para o aumento no preço do leite é a redução de oferta do produto no mercado. Na região da Zona da Mata mineira, a queda na produção foi de aproximadamente 15%. E o principal vilão é o preço dos insumos.

De acordo com o engenheiro agrícola Flávio Valeriano, o produtor rural reduziu o uso de alimentos concentrados principalmente, o que refletiu em queda na produção e, consequentemente, queda na oferta de leite. De acordo com ele, o aumento de preço foi devido à queda na oferta nos últimos seis meses.

Por isso mesmo o consumidor deve preparar o bolso. Na maior cooperativa da região, que processa 200 mil litros de leite por dia, os produtos devem acompanhar o reajuste. Segundo o presidente da cooperativa, José Nilton, o preço vai ser repassado ao consumidor. Em 2008, muitas indústrias fecharam o ano com o balanço negativo porque trabalharam com uma margem muito apertada, às vezes negativa, e neste ano não têm mais condições de segurar o aumento.

As informações são do Jornal de Uberaba, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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luciano di carlo botelho dias
LUCIANO DI CARLO BOTELHO DIAS

OURO PRETO DO OESTE - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/04/2009

A constante discussao sobre o precioso produto (leite), alimento rico em todos os aspectos, so vai acabar quando nós produtores de leite nos unirmos; essas indagações que eu venho escultado ao longo de minha vida, desder a epoca de meu avo que foi um grande produtor de leite apaixonado por vacas. Passaram por todas as dificuldades do setor e não se uniram, e do jeito que está indo, nós tambem, se ficarmos so reclamando e não corrermos atras de nossos objetivos junto com lideranças politicas, isso nunca vai se resolver, porque infelizmente em nosso pais, os grandes empresarios são unidos, nos produtores que somos a maioria entregamos nosso produto que e presioso e tem custo auto para produzir, temos que entregar a qualquer preço nosso leite, eles determinam o que vão pagar.

E entregamos o leite o mês todo sem saber quanto vamos receber, isso é que tem que acabar, sou a favor do preço minimo que cobre as despesas de acordo com cada região, assim saberiamos o quanto poderiamos investir, sem ter que atirar no escuro.
A todos os politicos que são produtores de leite, acredito que são muitos ao longo de nosso pais, voces que estão na cupula do poder está na hora de resolver este grande problema dessa comunidade de produtores que são muitos ao longo de nosso Brasil. Preço minimo já! O leite é alimento e tem o seu valor,
atenciosamente a todos que estão esperando.
Thiago Rezende Oliveira Ferreira
THIAGO REZENDE OLIVEIRA FERREIRA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS

EM 28/04/2009

Para reflexão:

Para termos preços justos (realmente), é preciso formamos associaçoes como a APROLEITE em Goiás. Procurem conhece-lá e verão o que é certo.
antonio patrus de sousa filho
ANTONIO PATRUS DE SOUSA FILHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/04/2009

A bem da verdade, precisamos, urgentemente, criar a CNPP (Central Nacional dos Produtores de Leite). Atraves dela poderiamos definir um preco de venda que pelo menos cubra o custo de se produzir um litro de leite e em seguida definir uma margem de lucro. Hoje o que assistimos passivamente e a entrega do produto a precos abaixo do custo e ainda sem saber o preco que vamos receber, preco este definido pelos laticinios, diga-se de passagem um verdadeiro absurdo! Atraves da central poderiamos definir cotas de producao de leite para as cooperativas regulando assim o preco. as cooperativas se encarregariam apenas de captar o leite, desenvolver programas de capacitacao para os produtores,vender remedios e racoes por precos de custo, criar linhas de credito, etc. Sem um comando central fica muito dificil, senhor Roberto Cunha Freire. As cooperativas , pela capilaridade dos produtores rurais,devem ser apenas para aglutinar os produtores e desempenhar as funcoes ja ditas acima.

Ja a central atraves de uma diretoria de produtores e assessores especializados tecnicamente, cabe definir as grandes diretrizes que verdadeiramente interessam ao produtor rural e fazer um planejamento estrategico, como sabiamente sugere o sr Helvecio Vaz Oliveira. Atraves da central poderiamos mudar as leis e metodos que hoje regem as cooperativas, sabidamente ultrapassadas e fontes de corrupcao e cabides de emprego,que infelizmente campeiam pelo pais. Só com uma central nossa commodite ,se assim podemos chamar o leite, passara a ter valor. Pela central, CNPP, JA! Abracos, Patrus.
Helvecio Oliveira
HELVECIO OLIVEIRA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/04/2009

Aos amigos produtores, apenas para reflexão.

Será que há razão para euforia ou será o momento de uma concreta união dos produtores para fazerem um planejamento estratégico e acabar de vez com essas inconstâncias?

Um abraço a todos.
Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 24/04/2009

Essa realidade é o reflexo do que ocorreu no passado recente ou seja durante o ano que passou e o que ainda está ocorrendo no nosso segmento.A meu juízo, precisamos de transformação em nossa estrutura organizacional a começar pelas cooperativas de leite,creio que devemos lutar junto aos nossos representantes no congresso nacional e também convencer as nossas lideranças sindicais, que é necessário mudanças na lei do cooperativísmo para o segmento do leite,temos que ter regulação mais rígida e controles externos como exite no serviço público para as cooperativas de leite, pois se isso ocorrer teremos mais transparência, ética e moralidade, pois o setor já não suporta mais esse modelo arcaico e pernicioso que se instalou junto as direções de algumas cooperativas e como consequência provoca a desorganização e regulação no preço do litro de leite que produzimos, pois ficamos vulneráveis e perdemos a nossa referencia por não dispormos de um sistema de cooperativas de leite que nos proprorcione um preço justo de mercado pois sempre acompanham o que a industria e os laticínios e as empresas se dispõe a pagar para nós produtores rurais de leite.

Concluindo precisamos além dessa regulação na lei das cooperativas de leite e o que é perfeitamente possível pois as cooperativas de créditos tem regulação rígida e controle externo exercido pelo Banco Central e estão funcionando e muito bem, inclusive se houver qualquer deslise e/ou malversação ou até mesmo ameaça de gestão caracterizada como gestão temerária os seus gestores tem seus bens bloqueados e convidados a se retirarem.Recuperação do preço do leite tem entre os muitos motivos como o próprio mercado ,esse que apontei também reflete no mesmo e o que a meu ver é o mais grave e que precisa ser mudado urgentemente.
Wellington de Almeida
WELLINGTON DE ALMEIDA

MURIAÉ - MINAS GERAIS

EM 23/04/2009

Até que enfim. Mas os tímidos reajustes apresentados até o momento ainda não cobrem os custos de produção. Ainda estamos pagando R$0,80 por quilo de ração para receber R$0,60 por litro de leite. Se existe algum produtor satisfeito com esta conta é porque realmente estamos no fundo do poço. Façam-me o favor, matemática é ciência exata, não existe mágica.

Sds. a todos.
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