PR: Ipardes faz diagnóstico da atividade leiteira

As características socioeconômicas da atividade leiteira do Paraná foram divulgadas na última quinta-feira (09) pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). O estudo atendeu uma demanda da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento e foi realizado por meio de convênio com a Secretaria de Ciência e Tecnologia e com parceria do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural Emater PR.

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As características socioeconômicas da atividade leiteira do Paraná foram divulgadas na última quinta-feira (09) pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). O estudo atendeu uma demanda da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento e foi realizado por meio de convênio com a Secretaria de Ciência e Tecnologia e com parceria do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural Emater PR. O resumo do estudo pode ser acessado no endereço www.ipardes.gov.br.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, o estudo é muito importante porque traça um perfil técnico, institucional, social e econômico da pecuária leiteira no Paraná. Segundo o secretário, o estudo mostra as potencialidades e os fatores limitantes da cadeia produtiva do leite no Paraná e com essas informações tanto a Secretaria da Agricultura, como o Iapar e Emater terão condições de planejar melhor as políticas públicas de incentivo à produção e de sanidades para fortalecimento dos produtores e do aumento da produtividade.

Verificou-se no estudo que apenas 6% dos produtores, com produção acima de 251 litros/dia, respondem por 42% da produção leiteira no Estado. Já 55%, cerca de 55 mil produtores que produzem até 50 litros/dia são responsáveis por somente 15% do total.

No Paraná, três bacias se destacam na produção de leite: Centro-Oriental, Oeste e Sudoeste. A região mais desenvolvida na pecuária leiteira é a Centro-Oriental. Nesta região, o progresso genético do rebanho e os índices de produtividade das vacas ordenhadas são comparáveis àqueles obtidos nos países em que a atividade leiteira é mais desenvolvida. Na porção Centro-Oriental, a média de produção é de 15 litros/vaca/dia, sendo que alguns produtores alcançaram 22,6 litros/vaca/dia.

Perfil do produtor - 93% dos responsáveis pelas propriedades leiteiras do Estado são do sexo masculino, sendo que mais da metade deles têm mais de 50 anos. O índice de idosos em relação ao número de jovens é superior à média do Paraná para o meio rural, aspecto que pode afetar o processo de sucessão nas propriedades de agricultores familiares dedicados à atividade leiteira. A maioria dos produtores possui apenas o ensino fundamental incompleto, reproduzindo o padrão de escolaridade da população rural do Estado. A aposentadoria e /ou pensão constituem a única fonte de rendimento significativo além daquela proveniente da produção de leite. Quanto às condições básicas de habitabilidade, apenas 20% dos produtores residem em moradias que atendem requisitos mínimos como infraestrutura adequada de abastecimento de água e destino dos dejetos e do lixo.

Entraves e Soluções - Entre os principais entraves para o desenvolvimento da atividade leiteira destacam-se um grande número de produtores com animais de raças mestiças, cuja produtividade é mais baixa do que das vacas de origem europeia. A adoção da inseminação artificial ainda é baixa, sendo que 64% dos pequenos produtores adotam a monta natural não-controlada como forma de reprodução de seus rebanhos. Uma solução seria a reedição do programa estadual de incentivo à prática de inseminação artificial, desenvolvido pela SEAB, que vigorou até 2002. Sua operacionalização poderia ocorrer através do repasse dos incentivos para as CLAFs (Cooperativa Leiteira da Agricultura Familiar), associação de produtores e condomínios.

O pouco uso do crédito rural também é apontado como outro problema, impedindo investimento na melhoria e especialização da atividade leiteira, particularmente entre os pequenos produtores. A assistência técnica, fundamental para se obter bons resultados, não é acessada por metade dos produtores. Para melhorar esse serviço, é preciso reforçar as condições materiais e de pessoal da Emater, mediante contratações e, principalmente, capacitação de técnicos para a área do leite, além de parcerias entre a Emater e outros agentes que atuem no setor.

As informações são da Agência Safras, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Fernando Pansera Dalla Costa
FERNANDO PANSERA DALLA COSTA

CURITIBA - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 13/04/2009

Parabéns pelo texto, realmente fiquei surpreso com algumas informações sobre nosso querido estado. Gostaria de saber mais a respeito. Novamente Parabéns.
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