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Em 2016, a Pif Paf Alimentos, com sede administrativa em Belo Horizonte, deu início às exportações para o Japão e Angola e, agora, se prepara para enviar os primeiros lotes para a Europa ainda no primeiro semestre. As negociações com o Velho Continente começaram há um ano e se intensificaram a partir da Sial Paris (Salon International de l’alimentation), realizada em setembro.
Segundo o diretor de Relações Institucionais da Pif Paf, Cláudio Faria, o mercado europeu dá preferência aos produtos da linha premium, com variação nos tipos de queijo. Já para Japão e Angola, a preferência é pela linha tradicional. “Abrimos mais um importante e seleto mercado. Temos um parceiro que vai ajudar na distribuição pelo continente. Pretendemos atingir não apenas as comunidades de brasileiros”, explica Faria.
Para atender às exigências da legislação europeia, inclusive no que tange às questões sanitárias, a empresa fez pequenas modificações no produto e nas embalagens. Acostumada a exportar carne, essa não foi uma tarefa complicada, porém exigiu atenção dos departamentos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e Controle de Qualidade.
Veterana no comércio internacional, a Forno de Minas Alimentos S/A, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), começou a jornada pelos Estados Unidos ainda na década de 1990. Atualmente, a empresa exporta também para Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Peru, Uruguai, Emirados Árabes e Japão. Este ano, o produto chega também à Colômbia, Panamá, Paraguai. Ainda para 2017, estão sendo prospectados Argentina e México.
De acordo com a gerente de Comércio Exterior da Forno de Minas, Gabriela Cioba, as colônias brasileiras são as principais portas de entrada nos mercados externos. Além de consumir, os imigrantes são responsáveis pela apresentação do produto aos moradores locais. “Em mercados com muitos brasileiros, isso é um pouco mais fácil. Em outros, onde temos poucos representantes, é preciso fazer um trabalho de apresentação, com promoções e ações de experimentação. Não basta deixá-lo na gôndola. Em muitos lugares as pessoas sequer conhecem ingredientes como o polvilho”, explica Gabriela Cioba.
Os novos mercados devem fazer o volume exportado aumentar em 50% em relação ao ano passado. Em 2016, foram 1.206 toneladas, perfazendo cerca de 5% do faturamento total da empresa (R$ 16 milhões). “O pão de queijo tem potencial para se tornar um produto global. Tem apelo de saúde por ser um produto sem conservantes e sem glúten. Em mercados como o Canadá, por exemplo, esse é um grande diferencial”, destaca a gerente de Comércio Exterior da Forno de Minas.
Performance
As duas empresas avaliam a exposição positiva do Brasil durante a Copa do mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, como alavancas para a apresentação de produtos brasileiros no mercado exterior. Na linha de produção elas não precisaram fazer investimentos para suportar o crescimento das exportações e seguem acreditando nos mercados internacionais como caminho para o desenvolvimento diante da crise que a economia brasileira ainda enfrenta.
“Nos últimos anos tivemos oportunidades maiores de intercâmbio e a necessidade de incrementar as receitas. Diante de um cenário recessivo, muitas empresas passaram a encarar o desafio de vender para mercados externos. Essa é uma estratégia importante para a Pif Paf que continua gerando empregos e divisas para o Brasil”, destaca o executivo da empresa.
“O pão de queijo nos ajuda a abrir mercados para outros produtos como waffles e tortinhas, por exemplo. Essa é uma estratégia muito importante. No ano passado, conquistamos a certificação BRC (Bristish Retail Consortium) - Norma Global de Segurança de Alimentos, com maior índice de aprovação (AA), para as linhas de pães de queijo (crus e assados) e waffles. Esse selo é usado por empresas de mais de 120 países e atesta a competência de todo o sistema produtivo no que diz respeito à segurança de alimentos. Com ele, empresas internacionais dispensam auditorias e o processo de venda se torna muito mais fácil”, comemora a gestora da Forno de Minas.
As informações são do Diário do Comércio.
