Uma fazenda de leite é, sobretudo, composta por pessoas. Elas são as protagonistas. Ora, as vacas não chegam no curral e se ordenham sozinhas, o milho não nasce e vira silagem em um passe de mágica, os equipamentos não são autolimpantes, as planilhas não se preenchem automaticamente, os insumos não chegam até o depósito “andando com as próprias pernas”.
Por trás de tudo isso existem pessoas, seres humanos sensíveis e com necessidades. Se atentar a isso faz toda a diferença em qualquer negócio, inclusive no leite. Para que os processos dentro da propriedade funcionem de maneira correta, é necessário que as pessoas estejam alinhadas e desenvolvidas. Essa é uma das peças fundamentais no sistema de gerencial Agro+ Lean, criado pelo Prof. Paulo Machado, ensinado no curso MDA de formação de pessoas em gestão agropecuária.
“O Agro+ Lean é uma adaptação para o agro do sistema Toyota de produção, que utiliza a filosofia Lean. Começou a ser desenvolvido por volta de 1995, mais ou menos. Nestes 25 anos, ele foi sendo aprimorado e vem sendo utilizado, em sua totalidade ou em parte, em mais de cinco mil fazendas. A importância está no fato de que foca muito na melhoria de processos, procurando reduzir ao máximo os desperdícios”.
Para o sucesso desse programa, Prof. Paulo destaca o correto envolvimento das pessoas. “Esse programa parte do que se espera das pessoas e do que elas esperam do negócio. A partir desse entendimento, deixamos claro como vai ser o relacionamento na fazenda, da parte dos gestores dos projetos e da parte dos operadores dos processos. Basicamente a gente trata da questão do respeito. Tendo definido isto, começamos um trabalho de desenvolvimento das pessoas focado justamente na execução das atividades dos processos.”
Assim sendo, ele deixa claro que se gerencia processos e desenvolve-se pessoas para executá-los bem, em qualquer tipo de propriedade. “Gente é gente, em qualquer lugar, e precisam ser tratados com respeito, independentemente se são poucas pessoas, muitas pessoas, se ganham pouco, se ganham muito, se têm nível cultural mais baixo ou mais alto, se é alfabetizado, ou não é alfabetizado. Em qualquer situação gente é gente, pessoa é pessoa. E elas devem ser tratadas com respeito e precisam ser capacitadas para que elas possam progredir na vida, para que que elas possam se desenvolver”.
Porém, apesar de poder ser aplicado em qualquer fazenda, Paulo deixa claro que cada situação é única. “A implantação tem de ser individual, própria, para aquela fazenda. E tudo se inicia a partir de problemas. Então, tem fazenda onde o problema está na ordenha, outra no bezerreiro e assim por diante. Mas quem implanta o sistema é o pessoal da fazenda, eles precisam fazer, aplicar e praticar”.
Exemplificando isso, a produtora de leite Juliana Ventura fala da implementação do sistema em sua fazenda. “O MDA é mudança de atitude, uma mudança de "olhar" para detalhes da rotina da propriedade. Antes nossa produção era familiar, éramos nós da família e as vacas produzindo pouco mais de 10 litros cada uma por dia. Hoje somos nós, as vacas e os nossos colaboradores que nos auxiliam na nossa jornada e nos ajudam a obter resultados nunca antes sonhados”,
Ficou curioso para saber mais sobre o MDA? Prof. Paulo Machado e Juliana Ventura estarão presentes no MilkPoint Experts Feras da Gestão falando sobre o sistema e sua implementação nas fazendas. Além disso, a programação conta com diversos outros temas que abordam gestão de fazendas leiteiras, como sistemas e custos de produção, tecnologias, gestão de pessoas, rentabilidade, sucessão familiar e índices zootécnicos.
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