Mintel: novos sabores e embalagens podem impulsionar o mercado de manteiga no Brasil

A manteiga pode ter um futuro brilhante no Brasil, mas a categoria precisa de sabor, inteligência e inovação em embalagens para seduzir os consumidores que tradicionalmente preferem a margarina, disse um analista da Mintel. Em 2016, a margarina respondeu por 85% de todos os volumes do Brasil - preferida sobre a manteiga pela sua acessibilidade, de acordo com o Mintel. Mas, com o Brasil saindo de sua profunda recessão e registrando um crescimento no PIB, a manteiga poderia - de vez - ter a sua chance.

Publicado por: MilkPoint

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A manteiga pode ter um futuro brilhante no Brasil, mas a categoria precisa de sabor, inteligência e inovação em embalagens para seduzir os consumidores que tradicionalmente preferem a margarina, disse um analista da Mintel. Em 2016, a margarina respondeu por 85% de todos os volumes do Brasil – preferida sobre a manteiga pela sua acessibilidade, de acordo com o Mintel. Mas, com o Brasil saindo de sua profunda recessão e registrando um crescimento no PIB, a manteiga poderia - de vez - ter a sua chance.

Dados do Global New Products Database (GNPD) do Mintel mostraram que em 2017 foram lançados 58% mais produtos de manteiga no Brasil, comparado com 2016. No entanto, Caroline Roux, analista global de alimentos e bebidas da Mintel, disse que os lançamentos até agora foram muito simples para ter algum apelo junto aos consumidores.

Escrevendo em um post recente no blog, Roux completou: “poucos produtos se destacaram ao adotar uma abordagem mais experimental em termos de sabor, funcionalidade ou embalagem, e isso representa uma área potencial de crescimento, à medida que o consumo de manteiga se torna mais arraigado no Brasil. A manteiga ainda é, no entanto, vista predominantemente como spread [produto cremoso para ser espalhado em outros alimentos, como pães, torradas, etc], o que destaca as oportunidades para os fabricantes serem mais experimentais em relação ao sabor, o que pode ajudar os consumidores a serem mais criativos na cozinha”.

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Há “oportunidades significativas” com a inovação certa do produto, disse ela, que também seria impulsionada pela recuperação econômica do Brasil e menos preocupações com relação ao custo.

Especiarias e bolsas

Roux disse que há um forte potencial para aumentar a categoria de manteiga no Brasil se os fabricantes puderem encorajar diferentes ocasiões de uso. Atualmente, ela disse que 76% dos consumidores brasileiros usam margarina ou manteiga como spread e apenas 21% usam os produtos para fritar alimentos, substituindo o óleo para cozinhar. Mas, se sabores inovadores e embalagens foram introduzidos, ela disse que há espaço para seduzir os consumidores.

“Sabores salgados e/ou condimentados são os caminhos mais óbvios para incentivar o uso na culinária. A inovação em embalagens e as embalagens pequenas em particular, juntamente com o sabor, podem ajudar a convencer os consumidores a usar manteiga com sabor com mais frequência”, disse Roux. Mostrar aos consumidores que a manteiga poderia ajudá-los na cozinha, disse ela, também "chamaria a atenção" porque os consumidores valorizam os atalhos convenientes quando cozinham em casa.

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Roux disse que os fabricantes de manteiga poderiam se inspirar em outras categorias, como  a de manteiga de castanhas, opção que a marca americana natural e orgânica Justin's lançou e que tem um conceito de embalagem inovador. A Justin’s entrou no mercado dos EUA e a embalagem adicionou portabilidade e uma nova maneira de consumir manteigas, aumentando as ocasiões de uso para a categoria.

Figura 1

Oferta doméstica

No entanto, a oportunidade de expandir a categoria de manteiga no Brasil também exigiu uma oferta adequada - uma área na qual o Brasil lutou.

“Fora do clima econômico, a escassez de manteiga doméstica tem sido uma restrição significativa. Como a maioria do leite é consumido na forma integral no Brasil - 63% dos brasileiros bebem leite integral, em comparação com 23% que bebem leite desnatado – isso reduz a oferta de gordura láctea para outros usos”, disse Roux.

Embora isso tenha criado espaço para os fabricantes importarem manteiga, ela disse que também elevou o produto para um nível premium e impediu que muitos consumidores comprassem o produto. "Dois terços dos brasileiros dizem que comprariam mais manteiga se fosse mais barata, destacando as oportunidades para os produtores locais de leite".

Fique atento

Na Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, nos dias 28 e 29 de novembro, ocorrerá a quarta edição do Dairy Vision 2018. Em parceria com a Zenith Global, consultoria britânica responsável pelo Global Dairy Congress, o evento organizado pela AgriPoint manterá a trajetória de crescimento iniciada desde a primeira edição, em 2015. Uma das palestras será proferida por Patrik Johansson, fundador da empresa Buttervikings. O tema da sua apresentação será: “Reinventando o negócio da manteiga”. A Butterviking busca resgatar tradições dos vikings para a elaboração dos seus produtos. Fique atento que em breve traremos mais novidades sobre o evento e toda a sua programação!

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

Figura 2

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GERALDO FERNANDES SANTOS
GERALDO FERNANDES SANTOS

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2018

palatablidade é a primeira qualidade de um alimento , daí a guerra entre as margarinas, como a Vigor e a Qualy, , QUE SERÁ ACIRRADA, PELA MELHORA DO SABOR DA VIGOR

ENG AGRÔNOMO GERALDO FERNANDES SANTOS - RIBEIRÃO PRETO - SP
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