A produção total de leite na Nova Zelândia deverá aumentar em 8,3% no ano comercial de 2009, devido principalmente às condições mais favoráveis de pastagem e a um número recorde de vacas em lactação. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima sua estimativa de produção, de 16,35 milhões de toneladas para 16,4 milhões de toneladas.
A crise de créditos não poupou o setor de lácteos neozelandês. Quando a crise de crédito começou, a maior cooperativa de lácteos do país, Fonterra, tinha justamente retornado ao mercado com oferta adicional, mas já tinham sido feitas muitas aquisições adiantadas e muitos clientes tinham estoques suficientes no final de 2008. Como resultado disso, os níveis dos estoques na Nova Zelândia aumentaram, chegando ao pico em fevereiro e março, estimados em 175.000 e 200.000 toneladas a mais que o normal.
Entretanto, à medida que os preços continuaram caindo, os clientes responderam começando a retornar ao mercado no final de janeiro. De acordo com contatos da indústria, a Fonterra, que tem 92% de participação na coleta de leite da Nova Zelândia, basicamente vendeu toda sua produção desse ano, mas os volumes reais de remessas saindo da Nova Zelândia estão de três semanas a um mês atrasados com relação aos anos anteriores.
A melhor previsão para os preços das commodities resultou na Fonterra anunciando um aumento em sua previsão de pagamento aos produtores de leite, de US$ 0,2556 por quilo de leite para US$ 0,2606 por quilo de leite. As exportações de leite em pó integral durante os primeiros três trimestres do atual ano comercial (junho de 2008 a fevereiro de 2009) foram 7% menores do que no ano anterior, de 441.000 toneladas. Embora as exportações de leite em pó integral no primeiro trimestre do ano de 2009 tenham sido similares às do mesmo período do ano anterior, aumentaram em 32% em março comparado com março de 2008. Embora a produção de leite em pó integral deva alcançar 710.000 toneladas, as previsões de exportações foram ajustadas para baixo em 80.000 toneladas, para um total de 620.000 toneladas.
Durante os últimos anos, uma combinação de créditos abundantes, forte demanda por produtos lácteos - especialmente no mundo em desenvolvimento - e a disponibilidade de até 50 milhões de litros de leite regulamentado da Fonterra pela nova participação do Ato de Reestruturação da Indústria de Lácteos (DIRA, da sigla em inglês), estimularam vários novos processadores a abrirem negócios na Nova Zelândia, muitos com investimentos estrangeiros. Durante os próximos anos, esses novos participantes terão provavelmente a capacidade de dobrar sua atual produção. Se eles alcançarem as metas fixadas em seus planos de negócios, a participação da Fonterra no mercado poderá cair para 84% em 2013.
Atualmente, o Governo da Nova Zelândia tem focado no prazo de 2010 para implementar o Esquema de Comércio de Emissões (ETS, da sigla em inglês), que foi aprovado no ano passado após as eleições neozelandesas (o programa de Comércio de Emissões introduziu preços às emissões de gases de efeito estufa, como forma de estimular os neozelandeses a reduzirem as emissões. O regime de comércio de emissões tem criado um incentivo para os neozelandeses desenvolverem técnicas e tecnologias aplicáveis ao carbono, visando reduzir sua produção. Agora, o carbono será visto como um custo de produção, assim como mão-de-obra, energia, etc). A Fonterra disse que a produção de leite da Nova Zelândia poderá cair em 5% com isso, custando à economia do país NZ$ 650 milhões (US$ 392,73 milhões) anualmente, a menos que o ETS seja mudado.
Para acessar o relatório completo do USDA, clique aqui.
Em 21/05/09 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,60420
1,65508 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
Nova Zelândia deve produzir 8,3% mais leite em 2009
A produção total de leite na Nova Zelândia deverá aumentar em 8,3% no ano comercial de 2009, devido principalmente às condições mais favoráveis de pastagem e a um número recorde de vacas em lactação. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima sua estimativa de produção, de 16,35 milhões de toneladas para 16,4 milhões de toneladas.
Publicado por: MilkPoint
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