Nestlé: venda para baixa renda aumenta 15%

A Nestlé, líder mundial do setor alimentício, tem ampliado seu foco no mercado de produtos voltados para as classes C, D e E brasileiras. Dos cerca de R$ 13 bilhões faturados pela empresa em 2008, mais de R$ 1 bilhão veio dos negócios voltados aos consumidores de baixa renda

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A Nestlé, líder mundial do setor alimentício, tem ampliado seu foco no mercado de produtos voltados para as classes C, D e E brasileiras. Dos cerca de R$ 13 bilhões faturados pela empresa em 2008, mais de R$ 1 bilhão veio dos negócios voltados aos consumidores de baixa renda.

Na comparação com 2007, isto significou um aumento de 15% neste segmento. "Nossa meta era crescer o dobro do Produto Interno Bruto do país (PIB), mas observamos que, com este público, conseguimos mais que duplicar esta meta", afirma Ivan Zurita, presidente da companhia.

Uma estratégia da suíça para abocanhar os mercados C, D e E é a venda de produtos na porta do cliente. São colocadas revendedoras munidas de um carrinho nas regiões periféricas das cidades, que batem de porta em porta, oferecendo kits Nestlé. "Nossas pesquisas mostraram que os consumidores gastam muito com o transporte até os supermercados centrais. Agora, estas pessoas têm a facilidade de receber tudo em casa, comprando de alguém que ela conhece.", conta Zurita

Outro meio que a empresa encontrou para conquistar os grupos de baixa renda é a criação de produtos de menor custo e o lançamento dos tradicionais com embalagens que os tornam mais baratos. "A marca Ideal, que engloba alimentos lácteos e cereais, por exemplo, foi desenvolvida especialmente para o segmento mais carente da população e é oferecida em embalagens sachês, o que reduz o preço final", explica Alexandre Costa, diretor de regionalização da Nestlé Brasil. Ele destaca que já existe uma divisão na empresa específica para o desenvolvimento deste tipo de projeto.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
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Dionisio Caproni
DIONISIO CAPRONI

MACHADO - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 27/03/2009

Parabéns Nestlé! Em especial a pessoa do presidente Sr. Ivan Zurita, o setor leiteiro está precisando desta injeção de animo. Na matéria anterior, quando do anuncio da entrada da Nestlé no segmento longa vida, já trouxe expectativa de um Marketing para o setor e agora com esta proposta de venda porta a porta tenho certeza do sucesso. Pois sou vendedor externo de uma Cooperativa e posso falar do convívio direto com meus clientes.

Parabéns pela iniciativa!
Abraço
Dionísio Caproni
Bruno Soares
BRUNO SOARES

POMPÉU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/03/2009

Gostaria que eles fossem uma hora dessas lá em casa para me vender esses produtos que saem mais barato por causa da embalagem econômica. Por mim, todos os produtos deveriam ser embalados de modo que paguemos o menor preço possível por ele. Fico abismado em saber que o consumidor que compra o leite no supermercado chega a pagar R$ 0,75 somente pela embalagem. Olhem só como nós estamos sendo injustiçados: vendemos o leite por R$ 0,50 a R$ 0,60 o litro. Isso quer dizer então que o leite é um dos únicos produtos (se não o único) que vale muito menos que a embalagem. É um absurdo, uma humilhação e uma falta de vergonha o que estão fazendo com nós produtores.

Acho que não só eu, mas muita gente acha que o importante é comprar o leite que vamos beber e não uma embalagem toda desenhada, colorida e cara. Na minha opinião, todo leite deveria ser vendido em "saquinhos", como antigamente. Não compro e nunca comprarei leite a R$ 2,00 sabendo que estou pagando 37,5% somente na embalagem e que quem trabalha para produzi-lo recebe somente R$ 0,50. Afinal, não como papel, e então esses 75 centavos irão para o lixo toda vez que eu comprar um litro de leite no supermercado.
Qual a sua dúvida hoje?