Neozelandeses criticam medida protecionista dos EUA

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, condenou a decisão dos Estados Unidos de reintroduzir subsídios de exportação aos produtos lácteos. "É uma medida muito decepcionante". A medida tomada pelos EUA seguiu a reintrodução de subsídios à exportação de lácteos por parte da União Europeia (UE), em janeiro.

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O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, condenou a decisão dos Estados Unidos de reintroduzir subsídios de exportação aos produtos lácteos. "É uma medida muito decepcionante". A medida tomada pelos EUA seguiu a reintrodução de subsídios à exportação de lácteos por parte da União Europeia (UE), em janeiro. Key disse que a oposição da Nova Zelândia se opõe claramente à administração dos EUA, dizendo que a medida vai contra as declarações feitas pelos norte-americanos de que não queriam medidas protecionistas.

O ministro do Comércio neozelandês, Tim Groser, também considerou a medida decepcionante, como um atraso, de visão limitada e prejudicial aos mercados mundiais. Groser disse que o subsídio de assistência às exportações terá um efeito relativamente pequeno na renda dos produtores de leite dos EUA e poderão ser contraproducentes reduzindo os preços nos mercados internacionais de lácteos. "Produtores não subsidiados, como os da Nova Zelândia, pagarão os custos dessas medidas que distorcem o comércio".

A medida manda um sinal negativo aos outros membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), disse Groser. Ele espera discutir o assunto com o Representante Comercial dos EUA, Ron Kirk, e com o secretário da Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, na reunião do Grupo Ministerial de Cairns, em Bali, no começo de junho.

A porta-voz do Partido Trabalhista, membro do Parlamento da Nova Zelândia, Maryan Street, disse que o Governo precisa de um esclarecimento sobre o que os EUA quiseram dizer quando falaram em minimizar o impacto em países que não subsidiam, como a Nova Zelândia. Ela disse que o Governo deve registrar objeção antes da reunião de Groser com Kirk.

O presidente da Associação de Companhias de Lácteos da Nova Zelândia, Malcolm Bailey, disse que a medida enfraquecerá a confiança no mercado global e prejudicará os produtores neozelandeses. O mercado mundial de lácteos tem mostrado alguns sinais de recuperação nas últimas semanas, disse ele.

O diretor gerente de comércio global da Fonterra, Kelvin Wickham, disse que essa é uma má notícia para o mercado e para os produtores neozelandeses que competem internacionalmente.

A reportagem é do Nzherald.co.nz, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
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