MT: leite longa vida tem alta de até 47,7% no varejo

Os preços do leite longa vida nos supermercados de Cuiabá deram um salto de até 47,74% em um período de três semanas, depois que cessaram as chuvas e a produção das indústrias caiu. Literalmente, todas as marcas reajustaram seus preços. Na média, o reajuste em seis marcas pesquisadas pelo Diário de Cuiabá foi de 34,63%.

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Os preços do leite longa vida nos supermercados de Cuiabá deram um salto de até 47,74% em um período de três semanas, depois que cessaram as chuvas e a produção das indústrias caiu. Literalmente, todas as marcas reajustaram seus preços. Na média, o reajuste em seis marcas pesquisadas pelo Diário de Cuiabá foi de 34,63%.

O maior índice de reajuste recai sobre a Lacbom (47,74%), cujos preços passaram de R$ 1,55 para R$ 2,29. A segunda marca de leite mais cara, na média, é a Elegê (R$ 2,79), alta de 40,20%, seguida da Batavo (R$ 2,49) e, Parlamat, Lacbom e Italac, R$ 2,29.

"Apenas repassamos o que a indústria aumentou", justificou o presidente da Associação dos Supermercadistas de Mato Grosso (Asmat), José Catena. Segundo ele, a alta é normal para este período do ano. "Todas as indústrias remarcam seus preços nesta época. Em Mato Grosso temos apenas duas [indústrias] da região, a Nenê e a Lacbom, por isso fica difícil negociar com elas".

Mesmo com a alta, os supermercados não registram ainda queda no consumo de leite. "O que notamos é que depois da alta, muitos consumidores migraram o consumo para o leite tipo C em saquinho, que é bem mais barato, apesar de também ter sofrido um pequeno reajuste", afirma Catena. Na média, a alta do leite em saquinho foi de 14%, com os preços saltando de R$ 1,39 para R$ 1,59.

Nos supermercados, os consumidores reclamam dos reajustes. "Não dá para levar mais do que uma caixinha [de leite]. Os preços estão muito altos", diz a funcionária pública Leonice Silva, moradora do Pedregal. Ela conta que no ano passado chegou a comprar leite por até R$ 1,45.

De acordo com levantamento do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso (Sindilat), as duas marcas locais (Lacbom e Nenê) respondem por 80% de todo o consumo de leite longa vida na região.

A matéria é de Marcondes Maciel, publicada no Diário de Cuiabá, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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renato calixto saliba
RENATO CALIXTO SALIBA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/05/2009

Gostaria de saber se esse reajuste será passado ao produtor de leite do estado do MT ou se as industrias irão ficar com todo o reajuste e vai continuar a matar os produtores.
Marcelo Rocha
MARCELO ROCHA

CUIABÁ - MATO GROSSO - MERCADO DE LONGA VIDA

EM 28/05/2009

A situação está assim devido as barreiras fiscais implantadas pela Sefaz para o leite LV de outros estados, atendendo a pressão das marcas locais. O produto vindo de outro estado hoje tem que pagar 20% de ICMS antecipado. Para proteger duas industrias que na verdade so conseguem abastecer 60% do mercado interno, o governo do estado acaba penalizando a população.

Todo ano o leite sobe nesta época, mas nunca chegou aos patamares atuais, pois havia concorrência. Empresários modernos e eficientes não têm medo de concorrencia, trabalham. Ao privilegiar 2 empresas de um seguimento de alimento básico para a população o governador Maggi e seu secretário de fazenda Eder Moraes, cometem talvez o que seria maior injustiça social dos ultimos tempos em Mato Grosso, pois quem mais consome leite é a população de baixa renda.
Qual a sua dúvida hoje?