Ministra defende exportação de produtos agrícolas da Amazônia e busca ampliação do mercado com Japão

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta segunda-feira (26) que os produtos agrícolas da região da Amazônia cumprem todos os requisitos e têm certificação para exportação. A ministra voltou a destacar que não há relação entre as queimadas no Norte do país e o agronegócio brasileiro.

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A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta última segunda-feira (26) que os produtos agrícolas da região da Amazônia cumprem todos os requisitos e têm certificação para exportação. A ministra voltou a destacar que não há relação entre as queimadas no Norte do país e o agronegócio brasileiro.

“Os produtos daquela região, a grande maioria tem inclusive registro para a exportação. As fazendas que produzem carne naquela região têm registro para a exportação. Tem cadastro, onde tudo foi colocado”, disse, após participar de palestra na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em São Paulo. 

Sobre as queimadas, a ministra ressaltou que essas ocorrem anualmente na Amazônia no período da estiagem. “Não existe nenhuma relação entre um problema na Amazônia, que acontece todos os anos, e o exagero que colocaram. O problema existe [das queimadas], o Brasil sabe disso, o Brasil tem preocupação com as queimadas, que acontecem todos anos, não ocorreram apenas em 2019. A relação é um oportunismo dizer que tem relação com os produtos brasileiros”.

4º Diálogo Brasil-Japão, em São Paulo.

Em discurso no 4º Diálogo Brasil-Japão, que também ocorre em São Paulo, a ministra destacou que o Brasil concilia a produtividade com o manejo sustentável. "Os exigentes compradores globais precisam ser informados sobre a realidade da produção dos alimentos no Brasil, desde a sua origem nas fazendas até a mesa do consumidor. É fundamental que o mundo conheça o exemplo que a agricultura brasileira tem a dar em aspectos ambientais, sociais e trabalhistas". Ela defendeu também a ampliação do comércio entre os dois países. O ministro japonês da Agricultura, Floresta e Pesca, Takamori Yoshikawa, também participou do evento.

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Tereza Cristina e Yoshikawa reuniram-se, em maio, em Tóquio, quando a ministra fez uma viagem ao país. Na ocasião, foi confirmada a realização do diálogo no Brasil e a presença do ministro japonês.

Em discurso, ela disse que o fluxo comercial do agronegócio entre os dois países cresceu 130% nos últimos 20 anos, porém o Brasil não figura entre os principais destinos dos investimentos japoneses no exterior.

O Japão é o quarto maior importador de produtos agrícolas do mundo. E o Brasil é o principal fornecedor de alguns deles, como carne de frango in natura, café verde, etanol e suco de laranja. Em 2018, os produtos brasileiros foram responsáveis por apenas 3,2% das importações agrícolas do mercado japonês.

“O Brasil é comprovadamente uma terra de oportunidades e um destino confiável para o capital estrangeiro. Gostaria de destacar o potencial de investimentos em infraestrutura e logística em nosso país e, em especial, no escoamento da produção agrícola”, disse a ministra.

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Tereza Cristina destacou que o agro brasileiro atende às exigências dos compradores globais. A ministra citou a eficiência do sistema de defesa sanitária agropecuária e o fato de 66% da vegetação nativa serem preservados no território nacional.

“Os exigentes compradores globais precisam ser informados sobre a realidade da produção dos alimentos no Brasil, desde a sua origem nas fazendas até a mesa do consumidor. É fundamental que o mundo conheça o exemplo que a agricultura brasileira tem a dar em aspectos ambientais, sociais e trabalhistas”.

Carnes

Em reunião bilateral com o ministro japonês, Tereza Cristina apresentou a oportunidade de exportação para o país asiático de carne bovina e suína dos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia. Segundo ela, o Japão costumeiramente importa carne de países livres de aftosa sem vacinação. E no Brasil só o estado de Santa Catarina tem essa condição.

“Eu propus a ele um bloco de estados e as tratativas estão sendo discutidas para a gente poder atingir esse objetivo. Estamos avançando e espero que ano que vem a gente tenha já uma missão [japonesa] vindo aqui para ver esses estados, com exceção de Santa Catarina, que não necessita de visitas técnicas”, disse.

A ministra também anunciou as negociações para abrir o mercado brasileiro de abacate e disse que o Japão tem muito interesse em uma cooperação entre universidades japonesas e brasileiras e a Embrapa, na área de segurança alimentar.

As informações são do Mapa.

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