A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou hoje que o governo poderá voltar a discutir a necessidade de formar estoques públicos de alimentos como estratégia para enfrentar grandes variações de preços — como a do arroz atualmente.
Ela ponderou, no entanto, que se trata de uma medida cara e que os instrumentos de mercado são mais eficazes. Durante entrevista à revista “Época” transmitida ao vivo, a ministra destacou que a isenção de tarifa para a importação do cereal, mecanismo utilizado este ano para tentar estancar a alta das cotações internas, pode ser feita mais cedo.
“Custa muito caro fazer estoque, mas é uma política que pode até ser conversada. Hoje temos instrumentos de comércio que não tem necessidade de estocar”, afirmou. “Precisa, sim, ser discutido, mas na minha opinião não é só isso que dá essa segurança. Acho que temos mecanismos, como talvez abrir antes a importação”, concluiu.
A ministra voltou a dizer que não haverá desabastecimento e que a alta nos preços do arroz aconteceu em todo o mundo. “Não teremos problema com abastecimento e preço deve estabilizar a partir de janeiro. Nos supermercados já caiu, está entre R$ 22 e R$ 24 o pacote de 5 quilos. Arroz a R$ 40 era oportunismo”, destacou.
As informações são do Valor Econômico.