Belo Horizonte sediará, de 09 a 11 de agosto, o III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, com a proposta de gerar negócios e promover a temática junto aos empresários de pequenos negócios. As indicações geográficas (IG) propiciam a valorização da região, dos produtores e de seus produtos, enquanto as marcas coletivas auxiliam produtos ou serviços no posicionamento de mercado.
O Sebrae apoia as indicações geográficas desde 2002, conforme explica o diretor de Administração e Finanças e presidente em exercício do Sebrae, Vinícius Lages. “As indicações geográficas são fundamentais para destacar a importância do processo de fabricação de produtos e seus ingredientes, fortalecendo a origem regional e o uso de elementos singulares da cultura e dos territórios. Esse mecanismo agrega valor ao produto final no posicionamento nos mercados, destacando suas diferenças e qualidade em relação a outros produtos genéricos”, defende Lages.
Por isso, o Sebrae promoverá, no dia 10, o Desafio Tecnológico Indicações Geográficas, com soluções nas áreas de qualidade, sustentabilidade e mercado. Na sequência, serão lançados o Catálogo Digital de Indicações Geográficas e a publicação Certificando a Origem.
A realização conta com a participação da Organização Mundial da Propriedade Industrial (OMPI), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Instituto de Propriedade Industrial da França, além do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
IG e marcas coletivas
O queijo canastra é um ingrediente amado por chefs de cozinha na mesma medida em que o artesanato de bordado filé vem conquistando profissionais da moda. “O que pouca gente sabe é que a indicação geográfica de ambos os produtos faz a diferença fundamental na comercialização, tanto do queijo que leva o nome da serra mineira da Canastra, quanto do bordado das Lagoas Mundaú-Manguaba, de Alagoas”, explica a especialista em propriedade industrial do Sebrae, Hulda Giesbrecht.
As indicações geográficas estão previstas na Lei de Propriedade Industrial (nº 9.279/1996), na forma de indicação de procedência, que é o nome geográfico do país, cidade, região ou localidade, que tenha se tornado conhecida como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto, e na forma de denominação de origem, para designar produtos cujas características se devam exclusivamente ou essencialmente ao meio geográfico de onde vieram.
Nos dias 9 e 10, o Sebrae Minas abrigará os seminários técnicos e o Desafio Tecnológico Indicações Geográficas. No dia 11, o Museu Abílio Barreto receberá uma feira de produtos de indicação geográfica.
O evento abrigará painéis sobre o tema, entre os quais o debate para a criação de um selo brasileiro para produtos de indicação geográfica, a exemplo do que faz a Europa, que possui selos específicos e discute o assunto há mais de cem anos. “Será um passo importante no processo da criação do selo e um debate essencial sobre a legislação brasileira para a indicação geográfica, pois a que temos ainda é incipiente”, afirma Hulda. O vinho do Porto é considerado o primeiro produto com indicação geográfica do mundo. “O selo é uma forma de melhorar a comunicação com o consumidor”, conclui.
SERVIÇO:
III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas
- 9 e 10/8, a partir das 8h30, seminários técnicos
Sebrae Minas – Avenida Barão Homem de Melo, 329, Nova Granada, Belo Horizonte.
- 11/8, a partir das 9h, Feirinha Aproxima – Edição especial: Feira de produtos com registro de Indicação Geográfica e Marca Coletiva/Oficinas de degustação e Espaço de Alimentação
Parte externa do Museu Histórico Abílio Barreto - Av. Prudente de Morais, 202 - Cidade Jardim, Belo Horizonte.
Para inscrição no evento, clique aqui
As informações são do Sebrae.