MG: preço do leite tem leve recuperação

O valor médio pago ao produtor mineiro de leite deve registrar, em maio, a quarta alta consecutiva. Em abril, os pecuaristas do Estado receberam o maior reajuste do país, de R$ 0,028 por litro, o que elevou o preço médio do produto para R$ 0,63, de acordo com dados do Cepea-Esalq/USP. A expectativa para maio é de que o preço fique em R$ 0,70, conforme previsão da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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O valor médio pago ao produtor mineiro de leite deve registrar, em maio, a quarta alta consecutiva. Em abril, os pecuaristas do Estado receberam o maior reajuste do país, de R$ 0,028 por litro, o que elevou o preço médio do produto para R$ 0,63, de acordo com dados do Cepea-Esalq/USP. A expectativa para maio é de que o preço fique em R$ 0,70, conforme previsão da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Porém, o adeus definitivo ao tempo das vacas magras está distante. O valor pago ainda não faz frente aos custos de produção, que estão em alta neste período de entressafra. Para o consumidor, que tem pago mais de R$ 2,10 para o tipo Longa Vida Integral, novas altas não estão descartadas.

O Diretor Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Moreira, os valores pagos pela indústria devem ficar entre R$ 0,65 e R$ 0,70. "É um valor dentro da realidade, visto o atual cenário econômico", disse ele, que vê a possibilidade de aumento nos próximos meses. "Se a demanda continuar aquecida e se mantivermos o nível de produção, poderemos pagar mais".

O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Sant'Anna Alvim, projeta uma leve recuperação, mas chama a atenção para os preços dos insumos. Ele lembra que o preço pago sofreu desvalorização de 17% nos últimos 12 meses, enquanto os custos de produção subiram quase 10%. "O cenário sinaliza uma moderada recuperação, mas não podemos esquecer de que os gastos do produtor também aumentaram".

Com 60 anos recém-completados e planos de expansão no interior paulista, a empresa mineira Itambé paga, em média, R$ 0,65 aos 8.000 produtores que compõem sua cooperativa. Com o objetivo de estimular a produção, neste período de entressafra, a Itambé anuncia que vai pagar R$ 0,15 a mais aos pecuaristas que excederem a média de leite produzida em abril. "Pretendemos estimular a produção", disse o assessor da presidência, Paulo Martins. Segundo ele, os aumentos para o consumidor se devem à demanda aquecida e às quedas na oferta.

A matéria é de Renato Fonseca, publicada no Jornal Hoje em Dia/MG, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Régis Alves Moreira
RÉGIS ALVES MOREIRA

UBERABA - MINAS GERAIS - MÉDICO VETERINÁRIO

EM 05/06/2009

Concordo com o amigo acima. Os próprios produtores rurais são os responsáveis. A união é a única saída para brigar com os laticínios e varejistas que aproveitam da humildade e ingenuidade dos produtores, principalmente os pequenos (50 a 200 litros de leite), praticando preços absurdos e deixando os produtores com a menor fatia do bolo, o necessário apenas para sua subsistência.

Os produtores precisam deixar o orgulho e a tradição de lado e se tornarem empresários rurais, com mais conhecimentos sobre mercado, custos, tecnologias, cadeia produtiva. Quem não quer ser dono de laticínio assim, comprando leite barato e tendo os produtores na palma de sua mão.
renato calixto saliba
RENATO CALIXTO SALIBA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/06/2009

Nós produtores rurais somos responsáveis por essa situação, precisamos nos unir para negociarmos com mais força. Não podemos continuar a ser explorados. Temos que por preço no nosso produto e não deixarmos terceiros fazer isso. Só a união irá nos levar a uma situação melhor e mais justa
antonio patrus de sousa filho
ANTONIO PATRUS DE SOUSA FILHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/06/2009

O diretor executivo do sindicato da industria de laticinios de Minas Gerais (Silemg)
Celso Moreira,define que os valores pagos pela industria devem ficar entre 0,65/0,70,ao produtor e o consumidor pagara 2,10 para o tipo longa vida integral.
Gostaria de lembrar ao diretor que este preco estipulado por voces ao produtor e abaixo do ICP do leite, Indice do custo de se produzir um litro de leite. Ao produtor gostaria de lembrar que enquanto nao criarmos uma central nacional(ou regional) do produtor de leite,CNPP, que defenda e defina diretrizes para o produtor de leite,que estipule um preco acima do ICP,que ajude na luta contra as importacoes,que aglutine e organize o produtor,que o defenda na negociacao com os laticinios,etc, continuaremos assistindo esse absurdo de ver o preco de nosso produto, fruto de suor e trabalho,ser definido pelos sindicatos de laticinios.A ousadia chega a ser tao grande que a diferenca de preco (0,65/2,10) mostra que laticinios e varejos lucram em cima do produtor , abocanhando excedentes que nos pertencem(porque nao recebemos 0,80/0,90 ja que o longa vida esta em torno de 2,10?). E porque na cadeia produtiva do leite o elo mais fraco e o produtor que nao levanta sua voz ,pois nao esta organizado como eles ,que definem tudo. Chega! pela Central JA!.
Qual a sua dúvida hoje?