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MG: preço do leite esfria os ânimos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/06/2015

6 MIN DE LEITURA

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O avanço da qualidade na pecuária leiteira é uma medida decisiva também para abrir espaço ao produto nacional no mercado externo, garantindo preços que remunerem a atividade em épocas de queda da demanda. Em Minas, maior produtor nacional do produto, o litro do leite pago ao produtor atingiu R$ 0,98 em abril, queda de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma das causas da depreciação é o crescimento da produção, ou da oferta, em ritmo acima da demanda.

No ano passado, a produção de leite no país cresceu 5,6%, enquanto a demanda avançou 3%. Nos últimos 10 anos, o consumo nacional aumentou 50%, alcançando 180 litros de leite por brasileiro ao ano, consumo mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Especialistas acreditam que a tendência a curto prazo seja de estabilização da demanda no mercado interno. Por isso, chegou o momento de cruzar a fronteira. “A comercialização internacional é uma saída importante para o produto brasileiro”, observa Célio Moreira, diretor-executivo do Silemg (Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais).

LONGE DO IDEAL


Para viabilizar a exportação de lácteos, que corresponde a apenas 1% da produção, são diversos fatores envolvidos. Medidas governamentais podem flexibilizar normas para as vendas internacionais, mas há também o investimento interno na qualidade. “Na Nova Zelândia, maior exportador de leite mundial, com menos de sete litros, é produzido um quilo do alimento em pó. No Brasil, essa relação é de 8,5 litros para um quilo de leite”, observa Célio Moreira.

O investimento na qualidade e em práticas modernas contribui para reduzir custos e pode tornar o produto brasileiro mais competitivo. Rodrigo Alvim, diretor da FAEMG e presidente da Comissão de Pecuária de Leite da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), observa que, no mercado externo, o Brasil não é formador, mas segue os preços internacionais, ditados especialmente pela Nova Zelândia. Para se ter ideia, o leite em pó é comercializado no mercado internacional a US$ 2,3 mil a tonelada. Em uma conta rápida, Alvim calcula que, para remunerar o produtor, o Brasil teria que comercializar o produto por cerca de US$ 4 mil a tonelada.

Tecnologia em campo

Herança passada de pai para filho, estima-se que mais de 220 mil produtores exerçam a pecuária de leite em Minas. Na última década, a modernização da atividade vem ganhando ritmo, inovando processos, da fazenda até a mesa do consumidor. De aplicativos para ajudar na gestão do negócio a linhas de produtos saudáveis, as novidades estão abastecendo novos nichos no mercado do leite.

Para dinamizar a gestão da atividade, o pecuarista Cláudio Notini desenvolveu o aplicativo 4 Milk – em projeto-piloto e que deve ser lançado na Apple Store, com download gratuito. Ex-empresário do setor de desenvolvimento de softwares, Notini desenvolveu o aplicativo com múltiplas funções e manejo simplificado para atender pequenos, médios e grandes produtores. A ferramenta é capaz de avisar ao pecuarista onde ele está indo bem em sua gestão e os índices que precisam ser melhorados.

O 4 Milk apresenta informações sobre o percentual de animais adultos em produção, dados individualizados sobre a situação de cada bovino até o gerenciamento de estoques. Também compara períodos da gestão e o rendimento da produção. Oferece uma agenda diária para o controle da lactação, informações sobre cobertura do rebanho, diagnóstico, partos. “Em pouco tempo o aplicativo vai poder ser acessado”, informa Notini.

Leite rico é valorizado

Acompanhado de Tork, seu cão pastor, o produtor Cláudio Notini circula entre o rebanho da Fazenda Jardim, em Santana de Pirapama, a cerca de 150 quilômetros da capital. Olhar atento aos custos e satisfeito com os resultados que tem alcançado, diariamente ele entrega para a indústria 2,8 mil litros de leite, seguindo um rigoroso processo de qualidade. Com um aplicativo nas mãos, Notini acompanha todas as informações sobre seus 320 animais da raça girolando. Em ordenha, são 160 fêmeas. A sanidade do rebanho, a higiene primorosa e um leite rico em proteínas e gorduras lhe garantem uma remuneração até 14% maior que o preço médio do litro de leite.

Na política de bonificação pela qualidade, o valor pago pela indústria ao produtor que atinge padrões de excelência é, em média, 10% maior que a média do mercado, podendo alcançar até 20%, o que hoje elevaria o preço pago pelo litro do alimento a R$ 1,20, em média. Centavos que, no fim do mês, se transformam em milhares de reais.

Pequena ou de grande porte, a atividade leiteira, que é uma das mais antigas de que se tem notícias em Minas, está caminhando rumo à modernização. Práticas tradicionais estão sendo substituídas por novos modelos de gestão, que reduzem custos, aumentam a produtividade e a qualidade, abrindo espaço no exigente mercado consumidor.

Há 10 anos, depois de deixar o setor de desenvolvimento de softwares, Cláudio Notini decidiu investir na atividade. Na Fazenda Jardim, herança de família que já guardava a vocação para a pecuária, ele apostou em um modelo de gestão moderno, incluindo rígido controle de custos. Uma das medidas foi a mecanização da propriedade. O alimento dos animais passou a ser em grande parte produzido na fazenda, reduzindo a despesa, que é a mais pesada da produção, chegando a representar 50% do custo da atividade. Com a venda do alimento excedente, também é possível gerar receitas.

CONTROLE RIGOROSO


Na propriedade, a recria é terceirizada e a alimentação do gado segue dieta balanceada. Cevada, farelo de malte, núcleo mineral, poupa cítrica e silo de mombaça fazem parte do cardápio. Depois de reunidos, os ingredientes são misturados por uma máquina que mede a quantidade a ser servida, na exata necessidade do rebanho. “Mensalmente, amostras do leite são coletadas e avaliadas pela indústria. Os padrões de qualidade definem a bonificação”, explica o produtor.

Célio Moreira, diretor-executivo do Silemg (Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais), diz que o processo de bonificação da indústria pela qualidade reflete diretamente na produção, que pode ter um resultado até 6% maior, a partir de um alimento rico em teor de gordura, proteínas, acidez balanceada e baixa contagem bacteriana. “O que é um resultado muito importante para a indústria”, aponta.

Em um momento de queda nos preços do leite, Notini preserva o otimismo. Diz que os altos e baixos dos preços fazem parte da trajetória do mercado, desafios que ele pretende vencer atingindo padrões superiores de qualidade. “Em um ano e meio, devemos alcançar 5 mil litros de leite/dia”, conta o produtor. Equipada com resfriador que recebe o leite direto da ordenha mecânica, a fazenda já está estruturada para uma segunda fase de ampliação da produção, que tem o objetivo de chegar a 8 mil litros/dia. Os animais da raça girolando podem produzir até 40 litros/dia, mas a média da fazenda é de 18 litros por animal. No inverno, apesar da menor fartura do pasto, a produção deve crescer para 21 litros.

Leite de qualidade na palma da mão

Controle total. É essa a estratégia que pode garantir bônus e valorizar a produção leiteira no estado e no país. Quantidade e qualidade apreciadas pela indústria podem representar ganhos extras entre 10% e 20% sobre o valor de mercado. Como os preços do litro já registram baixa da ordem de 11% no estado neste ano, frente a igual período de 2014, os bônus são mais que interessantes. Para garantir o recebimento deles, pecuaristas como Cláudio Notini têm todos os dados da produção em aplicativo no celular. O acompanhamento, aliado às técnicas de manejo e modernização dos processos, reflete em despesas menores e ganhos maiores. Outra saída para a atividade é a exportação. Mas, para ser competitivo, o produto tem que melhorar, o que também é possível com a ajuda de programas, como o Balde Cheio. Apesar dos obstáculos, hoje, no Dia Mundial do Leite, há motivos para comemorar. Afinal, a produção brasileira aumentou 50% na última década.

As informações são do Sistema FAEMG.

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SERGIO LUIZ MUNARI

TAQUARA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2016

bom dia Claudio!

parabéns pela iniciativa, gostaria de saber como fazer p acessar o aplicativo?

Tbem sou apaixonado pela atividade leiteira e fazem 4 anos que passei a produzir,

ainda tenho outra atividade paralela mas o meu projeto é estar dedicado 100% ao leite

apartir de  2017.



Grande abraço

Sergio Munari

Produtor de leite

Taquara RS (chopp.eventos@yahoo.com.br)
VALDINEI

QUATIGUÁ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/06/2015

Claudio Notini, parabéns, por repassar suas experiências, não só na produção de leite, mas principalmente, por estar preocupado com produtores com menos experiência e poder aquisitivo, ao desenvolver um software ( fico imaginando como é desenvolver um trabalho, ligado a sua antiga profissão), para inclusive pequenos produtores, estou na expectativa da chegada deste aplicativo.

Valdinei

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