A fabricante americana de alimentos Kellogg reportou no terceiro trimestre um lucro líquido de US$ 297 milhões, ante US$ 292 milhões no ano anterior. A receita subiu 0,6%, para US$ 3,27 bilhões. Em uma base ajustada, os ganhos subiram para US$ 1,05 por ação, ante US$ 0,96 um ano antes. Analistas esperavam ganhos por ação de US$ 0,94 e uma receita de US$ 3,21 bilhões.

A Kellogg apresentou uma melhora surpreendente nas vendas, com crescimento no mercado externo compensando problemas contínuos nos Estados Unidos. As vendas globais da companhia aumentaram 0,6% no trimestre.

“Em todo o mundo, vejo mais oportunidades do que desafios”, disse o presidente da companhia, Steven Cahillane, que assumiu o comando da Kellogg há um mês. A fabricante de Pringles, Pop-Tarts e Fruit Loops tem lutado há anos para acompanhar as mudanças nos gostos dos consumidores, em direção a produtos mais naturais e frescos. Os americanos trocaram os cereais pelo iogurte grego e as barrinhas de cereais por barrinhas com mais proteínas e menos açúcar.

A mudança no perfil de consumo provocou uma enxurrada de redução de custos e aquisições na indústria. A Kellogg comprou recentemente a fabricante de barrinhas proteicas Rxbarpor US$ 600 milhões e disse que planeja adicionar mais produtos Rxbar e colocá-los nas lojas. “Toda a organização está com fome para voltar ao crescimento, e está aberta a novas idéias”, disse Cahillane.

A Kellogg também está cortando custos de entrega de produtos, com redução de pessoas, centros de distribuição e outros custos, que tornaram o negócio mais lucrativo. O lucro operacional cresceu 18% no trimestre.

A empresa está ainda reformulando as receitas de algumas marcas, para incluir ingredientes mais naturais. A companhia informou que continua confiante de que as vendas de cereais melhorarão à medida que os ingredientes saudáveis forem adicionados a marcas focadas em adultos, como Special K e Mini-Wheats.

As informações são do jornal Valor Econômico.