Leite de búfala: opção para aumentar ganhos no RS

Uma das saídas encontradas pelos criadores do Rio Grande do Sul para elevar a rentabilidade foi iniciar a criação de búfalos, tendo o leite como maior fonte de renda. O preço do litro oferecido pelos laticínios que industrializam produtos a base de leite bovino está na média de R$ 0,54 centavos no Rio Grande do Sul, enquanto o de leite de búfala fica entre R$ 1,00 e R$ 1,20.

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Uma das saídas encontradas pelos criadores do Rio Grande do Sul para elevar a rentabilidade foi iniciar a criação de búfalos, tendo o leite como maior fonte de renda. O preço do litro oferecido pelos laticínios que industrializam produtos a base de leite bovino está na média de R$ 0,54 centavos no Rio Grande do Sul, enquanto o de leite de búfala fica entre R$ 1,00 e R$ 1,20.

Além da facilidade no manejo e com custo inferior ao gado bovino, a rusticidade da espécie permite ao criador utilizar uma quantidade mínima de medicamentos, o que garante um produto praticamente isento de resíduos químicos. A criação da espécie não exige descornar ou marcar animal, mas somente a utilização de brinco. O número de peões para o manejo dos animais é considerado baixo, sendo que dois ou três funcionários podem transportar 80 ou 100 animais em razão da facilidade de condução.

Outra vantagem do búfalo é por ser conhecido como "roçadeira viva", porque deixa o capim da invernada do tamanho que o proprietário deseja pela lotação que se coloca em determinada área. Como o búfalo não é seletivo como o bovino, ele pasta praticamente todos os capins, caso do capim maduro em qualquer altura e as macegas.

E a criação da espécie bubalina também está servindo para combater crimes no Rio Grande do Sul. O tamanho avantajado e a maneira como é criado, obedecendo ordens apenas de quem tem contato constantemente com o animal, permite que praticamente não haja casos de roubo de búfalos no Estado. Hoje o abigeato é a maior ameaça para criadores de gado e ovinos, sendo os gaúchos as maiores vítimas no País. Sérgio Fernandes, presidente da Associação Sulina dos Criadores de Búfalos (Ascribu), destaca que a espécie convive em grupos, o que evita os casos de roubo. "Quando um animal percebe algo estranho, logo chegam outros imediatamente para inspecionar e intimidam os ladrões", afirma o dirigente.

Nesta sexta-feira (06) e no sábado (07), acontece o primeiro encontro do ano entre criadores de búfalos de diversas regiões do Estado para debater o futuro da atividade na Estância da Praia. Também serão servidos pratos com produtos derivados de búfalo para a imprensa e convidados.

As informações são da ASCRIBU e COOPERBÚFALO, publicadas na Agência Safras, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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THIAGO PALMEIRA DA COSTA
THIAGO PALMEIRA DA COSTA

AREIA - PARAIBA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/03/2009

Como Zootecnista, acredito sim na produção de leite de búfala, ainda mais com este valor de venda, que por maior que seja o custo de produção ainda se consegue obter rentabildade satisfatória na atividade. Somando-se a este cenário cita-se a composição elevada de sólidos totais e característica nutricional singular do leite e da carne deste animal. Particularmente, aprecio muito os produtos do leite de búfala. Contudo algumas considerações devem ser feitas a respeito:

1. A quantidade de medicamento que se administra em um animal depende fundamentalmente do manejo (nutricional, sanitário, reprodutivo, entre outros) do que especificamente da espécie animal, ou seja, por melhor e mais resistente que seja o animal, se o manejo ao qual este for submetido não for adequado, o uso de medicamentos torna-se indispensável;

2. Nos sistemas de produção de leite bovino atual, o uso de ferras é banido, pois como o búfalo, têm-se usado brincos para marcação. Outra característica que deve ser considerada é que animais tipicamente leiteiros são geneticamente desprovidos de chifres, ou seja, mochos de nascência. Muitos rebanhos possuem animais com chifres por estarem arraigados ainda na cultura do gado de corte. A quantidade de funcionários também é minimizada em rebanhos leiteiros especializados, sendo uma característica econômica desejável a relação de mais de 1000 litros de leite por homem/dia, o que facilmente chega ao número de 80 a 100 animais por funcionário também;

3. O produtor históricamente tem procurado animais rústicos que comam macegas e capins passados, se esquecendo de fornecer melhores condições de produção a todos os animais inclusive os búfalos, que certamente responderão produtivamente melhor aos capins em seus pontos ótimos de corte;

4. Outro fato interessante é que os papéis estão sendo invertidos no sistemas de produção atual. Quem deve ser responsével pela segurança dos rebanhos é o proprietário, o governo, a segurança pública e não o próprio animal, desta forma os casos de roubos de animais no Rio Grande do Sul devem ser sanados pelo ser humano, pois nem as onças pintadas conseguiram escapar dos gananciosos predadores humanos, o que dirá dos dóceis búfalos;

Como dito antes, acredito na produção de leite bubalino, com eficiência, baixo custo, alta rentabilidade, baixo uso de medicamentos, como também com altos ídices de produtividade, utilizando pastagens de alta qualidade, utilizando animais com lactações acima de 5000 litros/lactação, persistência de lactação acima de 90%, sendo manejados intensivamente, livres de transeúndes mau intencionados, da forma que os sistemas de produção de leite bovino têm conseguido em todo o território nacional, elevando o Brasil no cenário mundial de produção de leite como destaque tanto em leite caprino, bovino, como neste delicioso produto que é o leite bubalino.
Paulo Corrêa de Oliveira Neto
PAULO CORRÊA DE OLIVEIRA NETO

RIBEIRÃO - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/03/2009

Parabens ao MilkPoint, ASCRIBU E COPERBUFALO, pelo reportagem e pelo evento.
Realmente estes animais são maravilhosos, estamos aqui em Pernambuco na FACO cada dia mais motivados com a Bubalinocultura.
Paulo Corrêa
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