![]() | Laércio BarbosaLaércio Barbosa é graduado em Engenharia de Alimentos pela Unicamp e MBA em Administração de Empresas pela USP/FEA-RP. Sócio da Usina de Laticínios Jussara S.A., onde atua há 25 anos, atualmente como diretor comercial. |
Laércio Barbosa é graduado em Engenharia de Alimentos pela Unicamp e MBA em Administração de Empresas pela USP/FEA-RP. Sócio da Usina de Laticínios Jussara S.A., onde atua há 25 anos, atualmente como diretor comercial. Participante de várias entidades e associações de classe, sendo vice-presidente da ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida), vice-presidente do Sindleite-SP (Sindicato da Industria de Laticínios de São Paulo), diretor estadual do CIESP e diretor do Deagro/FIESP (Departamento de Agronegócio da Fiesp).
MKP: Descrição da atuação profissional
Diretor Comercial da Usina de Laticínios Jussara S.A., membro da segunda geração desta empresa familiar fundada em 1954, atualmente com 3 unidades industriais (Patrocínio Paulista/SP, Pedregulho/SP e Araxá/MG) e atuação nos estados de SP e MG. A empresa processa 700 mil litros por dia, captando leite de 2.000 produtores rurais, produzindo leite longa vida, queijos, creme de leite, achocolatado e leite pasteurizado.
MKP: Quais são as principais dificuldades que você tem na atividade?
Grandes oscilações de mercado, de preços e quantidades produzidas, devido à falta de uma política de planejamento de produção e de formação de estoques.
MKP: O que está melhorando no setor?
Avaliando no longo prazo, isto é, nos últimos 10-20 anos, vimos uma melhora significativa em quase todos os aspectos de nosso setor, principalmente se falarmos em produtividade, qualidade, conscientização do consumidor, etc. No entanto, em minha opinião, a melhoria de maior impacto é a informação, que hoje é muito mais rápida, disponível, abrangente e precisa.
MKP: O que acha que falta no setor?
União e planejamento.
Quando o preço do leite ao produtor estava bom, ninguém reclamava faltar nada para o setor, todos estavam felizes e o Brasil era o país do futuro na produção de leite. Com a queda do preço, ninguém mais se entende: é guerra do produtor com a indústria, da indústria com o varejo, de todos contra o governo. Precisamos de uma visão de que a solução somente poderá vir da ação conjunta de todos os participantes da cadeia produtiva láctea. É ingenuidade achar que algum elo sozinho pode resolver todo o problema do setor, seja ele o produtor, a indústria, o varejo ou o governo.
Precisamos usar toda a informação que hoje temos disponível para um planejamento de longo prazo, com comprometimentos de parte a parte.
MKP: Qual personalidade admira no setor?
No setor produtivo, respeito e admiro a família Jank, pelo profissionalismo, dedicação, coragem e ousadia.
MKP: Dica de sucesso ou frase preferida
Não sei se existe uma fórmula para o sucesso, mas aprendemos desde cedo em nossa família que o sucesso é consequência do trabalho, persistência e visão de longo prazo.
Uma frase que ilustra isso é "O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."
MKP: Quais os serviços do MilkPoint você utiliza mais?
Sempre que possível, acesso a parte de notícias e análises de mercado do Giro Lácteo e Panorama de Mercado. Gosto também da seção Marketing do Leite, que mostra ações interessantes do mundo todo e das Cartas do Leitor, que é um verdadeiro fórum de debates sobre os temas e problemas do setor.
MKP: Como o MilkPoint lhe auxilia no dia-a-dia?
Mantendo-me informado sobre o setor lácteo, fornecendo um completo panorama do mercado, além de permitir uma aferição instantânea da "temperatura" do setor, pela repercussão e discussão dos temas mais polêmicos.

