Com 60 anos recém-completados, a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (Itambé) está cheia de planos, entre eles o reposicionamento da marca no mercado de leite UHT. Apenas para este ano, estão projetados investimentos da ordem de R$ 60 milhões. Um terço do valor será destinado à construção de fábrica em Brodósqui, interior de São Paulo, a primeira no estado. Mais R$ 20 milhões vão para a ampliação da produção da unidade mineira de Pará de Minas, Região Centro-Oeste do estado. O restante será consumido por pequenas reformas e troca de caldeiras nas outras três unidades de Minas e uma de Goiás.
"Nossa chegada a São Paulo mostra a expansão geográfica da Itambé", informa o presidente da empresa, Jacques Gontijo. Inclusive, ele afirma que a construção de uma unidade no Paraná faz parte das pretensões da corporação. Antes disso, a Itambé quer retomar sua participação no mercado de leite fluido. Hoje, a empresa é líder na venda de leite em pó. "Estávamos produzindo 100 mil litros de leite longa vida UHT por dia há um ano. Em 2008, dobramos esse valor. Agora, nos preparamos para chegar a 300 mil litros em junho, com a expansão de Pará de Minas", ressalta. "Havia muita oferta nesse setor, e os preços não eram bons. Hoje, isso mudou, pois muitos concorrentes saíram do mercado. O preço do produto hoje é aceitável", completa Gontijo. A planta mineira contratou, no início de 2009, 200 funcionário e terá mais 100 ao final da expansão.
Como parte da meta de se expandir internamente, a Coonai, cooperativa de Ribeirão Preto que reúne 500 produtores, acaba de se integrar ao sistema da Itambé. Isso coloca São Paulo entre os estados em que a empresa tem produtores e motivou a instalação de uma unidade paulista. Segundo Gontijo, os terrenos em Brodósqui ainda estão sendo avaliados. Mas a fábrica deverá estar em funcionamento até o final do ano ou início de 2010. A produção prevista é de 200 mil a 300 mil litros de leite longa vida/dia.
"O mercado de leite fluido tende a ser regionalizado, porque o custo do transporte é muito alto. Por isso, a finalidade é abastecer o mercado paulista", completa o presidente da Itambé. Ele alega que o regime tributário diferenciado em São Paulo também foi decisivo para que o município paulista fosse escolhido para receber a filial.
No ano passado, o faturamento da Itambé atingiu R$ 2,04 bilhões. O número representa um crescimento de 17%, na comparação com 2007. De acordo com Jacques Gontijo, a meta em 2009 é manter esse mesmo patamar de receita do ano passado. No primeiro quadrimestre, houve uma queda de 10%, sobre mesmo período de 2008. Em valores, foram vendidos R$ 600 milhões. "Esse resultado reflete, principalmente, o recuo nas exportações. E os preços da commodity hoje estão bem mais baixos, sem falar que houve um acréscimo excessivo nas importações, o que já foi solucionado com algumas medidas do Governo. Por isso, devemos nos recuperar nos próximos meses", aposta Gontijo.
Em volumes, a queda global no período foi de 2%, totalizando 400 milhões de litros vendidos. Porém, a empresa teve crescimento de 18% nas vendas para o mercado interno. O carro-chefe da empresa é o leite em pó, seguido pelo leite condensado. "A concorrência no leite em pó, no entanto, está mais acirrada. E há uma queda no mercado externo. Por isso, voltamos para o produto UHT", conclui.
A matéria é de Luciana Rezende, publicada no Jornal Hoje em Dia/MG, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
Itambé investe em fábrica de UHT em SP
Com 60 anos recém-completados, a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (Itambé) está cheia de planos, entre eles o reposicionamento da marca no mercado de leite UHT. Apenas para este ano, estão projetados investimentos da ordem de R$ 60 milhões. Um terço do valor será destinado à construção de fábrica em Brodósqui, interior de São Paulo, a primeira no estado.
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