O índice de preços dos alimentos da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou 177,2 pontos em novembro, o nível mais elevado desde setembro de 2017. Em relação a outubro, a alta foi de 2,7%, e, ante novembro de 2018, chegou a 9,5%.
Conforme a FAO, o avanço mensal foi puxado pelos preços das carnes e dos óleos vegetais - e, em menor proporção, pelos do açúcar. Em contrapartida, os cereais ficaram mais baratos, enquanto os laticínios permaneceram estáveis.
O índice específico das carnes atingiu 190,5 pontos, com um aumento de 4,6% em relação a outubro e a maior variação positiva mensal desde maio de 2009. O resultado ficou quase 28 pontos (17,2%) acima do patamar de um ano atrás, mas ainda 21,5 pontos (9,4%) abaixo do pico atingido em agosto de 2014.
De acordo com a agência, todas as carnes subiram no mercado internacional devido à aquecida demanda da china e à redução da oferta para exportação. “A demanda liderada pelas festividades de fim de ano exacerbou o aperto nos mercados globais de carne, aumentando ainda mais os preços da carne suína e resultando em algum aumento nos preços da carne de aves após três meses de queda”, diz a FAO em relatório.
O indicador dos óleos vegetais subiu 10,4% em relação a outubro, para 150,6 pontos, e chegou ao maior nível desde maio de 2018. O aumento foi liderado pelo óleo de palma, mas também foi influenciado pelas cotações firmes de soja, canola e óleo de girassol.
O subíndice de açúcares chegou a 181,6 pontos em novembro, com elevação mensal de 1,8%. “O aumento mais recente nos preços internacionais do açúcar veio com indicações crescentes de que o consumo mundial superaria a produção na temporada 2019/20.”
O indicador para lácteos, por sua vez, alcançou 192,6 pontos no mês passado, resultado estável após dois meses de queda.
As informações são do Valor Econômico.