Os preços globais dos alimentos caíram em junho pela primeira vez em 12 meses, segundo com o índice da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O indicador atingiu a média de 124,6 pontos no mês, queda de 2,5% em relação a maio, mas ainda 33,9% acima do mesmo mês do ano passado.
Recuos foram registrados nos óleos vegetais, cereais e, embora de forma mais moderada, nos lácteos, o que mais que compensou as altas das carnes e do açúcar. O indicador de óleo vegetal da FAO caiu 9,8% no mês, com recuos nos valores médios dos óleos de palma, soja e girassol.
O índice de preços de cereais da FAO caiu 2,6% na comparação mensal, pórem permaneceu 33,8% acima de seu valor em junho de 2020. Os preços internacionais do milho caíram 5%, liderados pela queda dos preços na Argentina devido ao aumento da oferta. Os preços internacionais do trigo recuaram 0,8% em junho, com uma perspectiva de oferta global favorável.
O índice de preços de laticínios da FAO caiu 1%, para 119,9 pontos em junho. Entre os subprodutos, a manteiga teve a maior queda, sustentada pela menor demanda global de importação e um ligeiro aumento nos estoques, especialmente na Europa.
O indicador para o açúcar da FAO moveu-se contra a tendência geral dos preços dos alimentos e subiu 0,9% no mês, marcando o terceiro aumento mensal consecutivo e atingindo um novo máximo em anos. “As incertezas sobre o impacto das condições climáticas desfavoráveis sobre a produtividade das safras do Brasil, maior exportador mundial de açúcar, exerceram pressão de alta sobre os preços”, disse a FAO, em relatório.
O indicador para carnes subiu 2,1% no mês até junho, sendo o nono mês consecutivo de alta. O índice ficou 15,6% acima do valor do mesmo mês no ano passado, mas ainda 8% abaixo do pico alcançado em agosto do ano de 2014.
As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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