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IMA e Seapa otimizam defesa sanitária

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/07/2020

5 MIN DE LEITURA

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Mesmo com a decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em adiar a retirada da vacinação contra a febre aftosa, prevista para 2021, Minas Gerais continuará investindo para aprimorar o sistema de defesa.
 
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) conseguiram junto ao Mapa recursos na ordem de R$ 3 milhões para investir, ao longo de 2020, no sistema de inspeção sanitária estadual e contribuir para o cumprimento dos requisitos necessários para a retirada da vacina contra a aftosa. Para 2021, também está prevista a liberação de mais R$ 3 milhões. O aporte no sistema de defesa é considerado fundamental para que o Estado possa suspender a vacina com segurança.
 
A prorrogação do período de vacinação decepcionou o setor produtivo do Estado. Porém, os representantes entendem que a pandemia pode ter prejudicado a segurança necessária que deve existir para a retirada correta do processo de imunização.
 
Com o adiamento, os pecuaristas continuarão arcando com os custos da vacinação e também sem acessar mercados mais exigentes, como o do Japão, por exemplo. A expectativa é de que seja realizada uma reunião em 2021, quando será avaliado o cenário e poderá ser definida uma nova data para a retirada. 
 
De acordo com o diretor-geral do IMA, Thales Almeida Pereira Fernandes, a pandemia do Covid-19 interferiu no sistema de fiscalização e no avanço dos processos, uma vez que os estados estão com a capacidade de investimentos reduzida e houve cortes no orçamento.
 
Por isso, a decisão do Mapa em adiar a suspensão da vacina no Bloco 4, que inclui Minas Gerais e mais dez estados,  foi tomada. Para auxiliar o Estado, os recursos liberados pelo Mapa serão aplicados na compra de equipamentos de informática, veículos, na estruturação física das unidades de fiscalização e no custeio dos serviços.
 
Ainda segundo Fernandes, o Mapa e o governo de Minas Gerais estão preocupados em dar suporte ao Estado para que se possa cumprir o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa).
 
“Inicialmente, nós somos contrários ao adiamento da suspensão da vacina, porque estamos muito bem estruturados e temos apoio dos governos federal e estadual para cumprirmos as metas, mas não tem como Minas Gerais fazer isto sozinho. O bloco 4, que concentra 70% do rebanho e das fábricas, precisa caminhar junto. A interdependência sanitária e comercial que existe entre estes 11 estados do bloco é muito grande e a proposta é retirar a vacina em bloco. Por isso, mesmo que cumpríssemos os 42 itens propostos – já cumprimos 28 e faltam 14 –, se os demais não cumprirem, nós não avançaríamos no processo”, diz.
 
Para o representante do IMA, a decisão do Mapa teve o objetivo de garantir a segurança da cadeia produtiva e permitir um avanço seguro na retirada da vacina. “Tudo o que não queremos é que, no momento de pandemia, tenhamos problema com vírus atacando o rebanho. O controle da aftosa é a locomotiva do sistema agropecuário do mundo. Quem tem controle do vírus da aftosa mostra competência dos órgãos de defesa. Ao mostrar essa defesa estruturada, você favorece toda a cadeia animal – incluindo suínos e aves – e abre-se um mercado muito maior que se imagina”, explica.
 
Decepção
 
Para o superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Altino Rodrigues Neto, os produtores esperam, com muitas expectativas, a retirada da vacina contra a aftosa, por isso, a decisão foi recebida com decepção.
 
“Entendemos que a pandemia do Covid-19 pode ter prejudicado a segurança necessária para a retirada. O Mapa, ao analisar todas as condições, preferiu adiar e esperar que os órgãos de defesa sanitária estaduais estejam em condições e com estrutura para as garantias necessárias. Foi uma decepção, mas estamos vivendo um momento difícil. Esperamos que os governos deem o apoio necessário para que a retirada da vacina possa acontecer o mais rápido possível e que este processo não se prolongue muito”, destaca.
 
A expectativa de Rodrigues Neto é de que, no início de 2021, seja lançado um novo calendário com a previsão da data para a suspensão. “Todos os estados, em reunião, manifestaram o desejo de que a suspensão da retirada da vacina não se prolongue. Esperamos que ocorra o controle da pandemia e que os trabalhos voltem ao normal para que os pecuaristas realizem o sonho de conquistar o status de livre da aftosa sem vacinação”, afirma.
 
Rodrigues Neto lembra que, com a manutenção da necessidade de imunizar o rebanho, os pecuaristas terão alguns impactos negativos, como a continuidade dos custos com a vacina e mão de obra e a postergação dos planos de atender a mercados mais exigentes.
 
“O adiamento afeta de forma negativa o produtor, que continuará com os custos com a vacina e mão de obra. Além disso, o acesso a mercados como o do Japão também foi adiado”, conclui.
 
Apesar de impactos, entidade apoia o MAPA
 
O gerente comercial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), João Gilberto Bento, explica que a entidade apoia a decisão do Mapa, uma vez que os recursos dos governos – que poderiam ser aplicados no processo de suspensão da vacina contra a aftosa – estão sendo destinados ao controle do Covid-19 e para a assistência humana, preservação dos empregos e das empresas.
 
“O Mapa tem todos os elementos para fazer um diagnóstico da situação dos estados e seguimos a orientação com esperança de que, a partir de 2021, retome a meta de suspensão e defina uma data, talvez para 2022. O plano de erradicação da aftosa vai até 2026, ainda estamos no prazo. Nosso rebanho está imunizado, mas, a partir da retirada, em médio prazo, a imunidade cai, por isso, é necessário que o sistema de defesa sanitária esteja reforçado. Além disso, é preciso que o fundo indenizatório esteja ativo e fortalecido, uma vez que, se identificado casos, o produtor precisa ser indenizado e ações de controle implantadas”, explica.
 
Para Bento, o impacto negativo para o produtor é a postergação em atender a possível demanda dos mercados do Japão e da Coreia do Sul, que são mais exigentes, com alta população e pagam valores diferenciados pelos produtos.
 
“O setor tem muito interesse em atuar no mercado do Japão e da Coreia do Sul por serem atrativos. Mas estamos avançando em outros países como o Canadá e Estados Unidos. Além disso, a demanda do continente asiático está alta, o que vem nos garantindo uma boa rentabilidade”, diz.
 
As informações são do Diário do Comércio.

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