A tendência de queda das exportações de produtos lácteos que o Observatório de Lácteos da Argentina (Ocla) vem alertando aprofundou-se em maio, com o colapso dos embarques do principal produto de exportação desse setor: o leite em pó. Em maio, 1.476 toneladas deste produto foram exportadas, 89,5% menos que em maio de 2018.
Dessa forma, as exportações de leite em pó (tanto integrais quanto desnatados) alcançaram 40.745 toneladas nos primeiros cinco meses do ano, o que implica uma queda de 18,1% ano a ano.
Esse é um sinal de alerta para o setor leiteiro argentino como um todo, já que o impulso das exportações é uma das explicações para o forte aumento do preço pago aos produtores, que assim recuperou a rentabilidade.
Em baixa
Contemplando todos os produtos exportados pela indústria de laticínios, as vendas totais caíram 19,9% em volume em relação a abril, totalizando 13.940 toneladas. Em valor, a queda foi de 25,2%, chegando a US$ 38 milhões.
Acumulado até maio, a redução foi de 8,3% em toneladas e 13,7% em dólares. Na produção de leite durante este período as exportações representaram 18,5% do total. Esta participação é menor do que em 2018, quando atingiu 22,1%.
"A deterioração da taxa de câmbio nominal, que por sua vez é maximizada na taxa de câmbio real de tarifas de exportação (três pesos por dólar) e pela baixa nos reembolsos de impostos internos, juntamente com a queda nos preços das principais commodities internacionais, sobretudo o leite em pó integral, fazem com que negócio de exportação perca o atrativo", disse OCLA.
O único lado positivo são os queijos, que estão quebrando recordes de exportação. Entre janeiro e maio deste ano foram exportadas 26.009 toneladas por US$ 98,7 milhões, o que implica um aumento em relação ao mesmo período do ano passado de 23,3% e 11,5%, respectivamente.
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As informações são do Agrovoz, traduzidas pela Equipe MilkPoint.