EUA: projeto quer reduzir emissão de gases estufa

A indústria de lácteos dos Estados Unidos está trabalhando em um projeto que pretende reduzir a produção de metano no sistema digestivo de vacas leiteiras - o principal componente das pegadas de carbono da indústria de lácteos. O projeto visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 25% até 2020.

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A indústria de lácteos dos Estados Unidos está trabalhando em um projeto que pretende reduzir a produção de metano no sistema digestivo de vacas leiteiras, o principal componente das pegadas de carbono da indústria de lácteos, disse o diretor executivo do Centro de Inovação para os Lácteos em Rosemont, Illinois, Thomas P. Gallagher. O projeto visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 25% até 2020.

O Centro de Sustentabilidade Aplicada da Universidade de Arkansas estima que a indústria de lácteos contribui com menos de 2% das emissões totais de gases estufa nos EUA. No entanto, os consumidores demandam cada vez mais que os produtos, as embalagens e a distribuição sejam produzidos de forma sustentável, disse Gallagher.

Uma área a ser explorada é a modificação da alimentação das vacas leiteiras para que produzam menos metano, disse o líder da iniciativa, Rick Naczi. "Atualmente, existem alguns trabalhos sendo feitos com aditivos de óleos de peixes e algumas outras coisas", disse ele. "A vaca é responsável pela maioria das emissões de gases nas fazendas. Sabemos que existem formas que podemos encontrar para cortar ou reduzir essa produção".

Outra possível solução é visar os microrganismos no sistema digestivo da vaca, disse Naczi. "Você pode mudar o grupo de bactérias no rúmen da vaca e mudar a produção de metano dessa forma". Ele espera que a pesquisa desenvolva algumas soluções dentro de um ano.

A indústria disse que reduziu dramaticamente as pegadas de carbono de seus produtos em 63% nos últimos 60 anos, através de eficiências na produção, manejo nutricional e melhorias tecnológicas.

Outros projetos para reduzir a emissão de gases estufa a serem explorados incluem transformar o metano em energia que pode ser vendida. Um programa piloto na Califórnia identifica as melhores práticas de eficiência de energia nas plantas de processamento de leite.

O manejo de operações agrícolas de forma sustentável pode melhorar as eficiências e cortar custos, disse o diretor do programa de agricultura e produção animal da World Wildlife Fund (WWF), Bryan Weech. Esses esforços também podem proteger bacias hidrográficas e a saúde do solo, além da qualidade da água.

A reportagem é do The Associated Press, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
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Flávio Buchalla Filho
FLÁVIO BUCHALLA FILHO

PATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - FOOD SERVICE

EM 17/04/2009

A Premix, empresa de suplementação mineral e ração, ja fabrica, com exclusividade, o Fator Premium. É um aditivo 100% orgânico que pode reduzir a emissão de metano em até 15%. Além de outras melhorias como ganho de peso, acabamento de carcaça...
walter Luiz Birk
WALTER LUIZ BIRK

ESPUMOSO - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 16/04/2009

No Brasil, o problema é mais fácil de se resolver. O caminho seria aumentar a produtividade (melhoramento genético aliado com bom manejo alimentar), diminuindo o nº de animais. Além dos gases emitidos pelas vacas, devemos levar em consideração a quantidade de água gasta por cada vaca (em torno de 150 litros dia). Também o consumo de alimentos para a manutenção de uma vaca que produz 3 ou 15 litros de leite é praticamente a mesma.

Melhorando a produtividade brasileira contribuiremos também com a diminuição do desmatamneto nas novas bacias leiteiras (Pará, Rondônia). É vergonhoso falar que a média brasileira é de apenas 3 litros/vaca/dia, comparado com a Argentina (15 litros) e os EUA (25 litros).

A Integralat até pouco tempo atrás começou a mudar essa realidade brasileira, mas por motivos financeiros o projeto está parado.

Gratos pela atenção.
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