EUA aceitam discutir a retirada de subsídios a lácteos

Os Estados Unidos sinalizaram hoje (27) na Organização Mundial do Comércio (OMC) que estão prontos para discutir a retirada de subsídios à exportação de lácteos se a União Europeia (UE) fizer o mesmo. A posição americana foi provocada por uma cobrança do Brasil contra a reintrodução de subsídios à exportação de lácteos pelos dois gigantes do comércio mundial.

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Os Estados Unidos sinalizaram hoje (27) na Organização Mundial do Comércio (OMC) que estão prontos para discutir a retirada de subsídios à exportação de lácteos se a União Europeia (UE) fizer o mesmo. A posição americana foi provocada por uma cobrança do Brasil contra a reintrodução de subsídios à exportação de lácteos pelos dois gigantes do comércio mundial.

O embaixador brasileiro junto à OMC, Roberto Azevedo, reclamou diante dos 153 países-membros que a volta desses subsídios significava um rompimento do acordo dos líderes do G-20, para os países não adotarem novas medidas que deturpem o comércio internacional em meio à crise econômica e financeira global.

A União Europeia, a primeira que reintroduziu a subvenção para se livrar de enormes estoques de leite, argumentou que apenas reativou um antigo programa. Azevedo retrucou que, por essa lógica, os países em desenvolvimento podiam justificar elevação de tarifas de importação já que elas também foram mais altas no passado.

Por sua vez, a delegação dos EUA disse que Washington só reintroduziu agora os subsídios para exportar lácteos para se contrapor à ação dos europeus, que estavam deslocando o produto americano em outros mercados.

China, Argentina, México, Egito, África do Sul, Austrália e outros países apoiaram a reclamação brasileira, chamando a atenção para o "efeito dominó" no comércio internacional de medidas protecionistas quando as trocas globais continuam em queda livre.

Para surpresa de alguns analistas, os EUA se declararam, então, dispostos a conversar com os europeus para retirar os subsídios à exportação de lácteos.

Existe de fato uma preocupação generalizada de efeito "bola de neve", com um país adotando subvenção e outros tendo que também fazer o mesmo para manter a competitividade de seus produtos. O problema é que os países em desenvolvimento, ainda mais na crise atual, não têm o tesouro que os ricos dispõem para dar subvenção.

A matéria é de Assis Moreira, para o Valor Online, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/06/2009

Prezado Dilson: A minha opinião não é tão simplista assim. Entendo eu que o produtor de leite brasileiro, ao invés de limitar-se a criticar os subsídios deferidos pelos outros países a seus próprios produtores, deveria exigir que o Governo Federal também os destinasse a ele, para que, destarte, pudesse competir com o mercado internacional. É que eu não aceito a tese de que o Governo brasileiro não possui recursos para tal mister, já que, para os bancos, por exemplo, a injeção de valores foi imediata e poderosa.

Por que não fazer o mesmo para socorrer ao produtor de leite que luta, cotidianamente, contra as poderosas forças internacionais, evitando-lhe a falência?

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
Dilson Trennepohl
DILSON TRENNEPOHL

IJUÍ - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 28/05/2009

Senhor Guilherme, o senhor está sugerindo que o Governo Brasileiro apóie os subsídios aos produtos agropecuários mantidos e agora ampliados pelos Governos da União Européia e dos Estados Unidos? Ou eu não entendi sua opinião sobre o assunto?
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/05/2009

É um absurdo o que vem acontecendo a nível de política internacional com o Brasil. Ao invés de se preocupar em oferecer condições para que o podutor pátrio produza, a corte do Rei Lula ("grande estadista") quer atrapalhar os incentivos que outos países, que valorizam seus fazendeiros, a eles destinam. A concorrência não é assim que se cala: é com trabalho, profissionalismo e, principalmente, condições de trabalho. Por isso, não chegaremos ao primeiro mundo da produção e de "celeiro do mundo" que éramos, passaremos a ser, somente, "seleiros do mundo", arriando nossas mulas para os outros montarem.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
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