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SC: estiagem se agrava e produção de leite já diminui 12% em Concórdia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 24/04/2020

4 MIN DE LEITURA

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O início do mês até foi animador, mas a segunda quinzena não manteve o ritmo e a estiagem volta a se agravar em Concórdia. Dados do nível dos rios do município comprovam a gravidade. Conforme boletim da Epagri Ciram, emitido nesta quinta-feira, dia 23, três pontos preocupam: o Montante da barragem, em São Cristóvão, e a Foz do Rio Claudino, estão na classificação de emergência para estiagem. A rua Vitório Celant está em alerta.

Isso é reflexo direto da baixa quantidade de chuva que permanece em Concórdia. A chuva de abril se concentrou apenas na primeira quinzena do mês, e ainda assim com quantidade abaixo do normal. Foram 76 milímetros neste período, que é também o total de precipitação registrado até agora em Concórdia em abril. Ou seja, na segunda quinzena não teve chuva, conforme dados da estação meteorológica Embrapa Suínos e Aves.

Diante desse quadro de escassez, o interior do município é quem mais sofre. Como a reportagem da emissora já vem informando, as perdas são grandes nas pastagens e lavoura de milho. Há problemas também na dessedentação de animais. Mas o que mais vem preocupando é na produção de carne e leite. Só no leite, conforme o secretário de agricultura, Mauro Martini, houve uma diminuição de 12% na capacidade de produção. E isso indica que a crise vai demorar a ser superada.

A estiagem, que se prolonga desde o fim do ano passado, faz com que as propriedades sofram também com a falta de água. Por isso, a prefeitura de Concórdia tem realizado transportes de cargas de água diariamente, tanto para consumo humano, quanto para animal. Quando chove, a situação ameniza. Mas como a quantidade é sempre baixa, o quadro grave retorna. Atualmente, são cerca de 16 cargas por dia para diversas localidades, o que totaliza quase 200 mil litros de água diariamente.

Abastecimento pode ficar comprometido em breve

A boa notícia é que mesmo com essa severa estiagem, o abastecimento de água em Concórdia ainda não foi comprometido. Conforme a Casan, os sistemas de captação seguem trabalhando normalmente por enquanto, mas para que não haja racionamento em algumas semanas, a orientação é o uso estritamente necessário desde já. O engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho do Prado destaca a falta de chuva e os riscos de queimadas neste período.

“Nesta sexta, fim de semana, segunda e terça continua fresquinho de manhã, calor à tarde, passando dos 30ºC, e com tempo seco, umidade baixa e sem chuva. Muito cuidado com fogo. Evitar a queimada de lixo e quando for queimar, cuidado. E evitar jogar cigarro na estrada. E muita economia de água. Até o final do mês não está indicando chuva na região. De chuva, pelo visto, só em maio”, alerta ele.

E a perspectiva não é nada animadora para a região. A previsão do tempo da Epagri/Ciram continua indicando que, mesmo com uma indicação de chuva para o início de maio, o mês como um todo será seco, como já vem ocorrendo desde o início do ano. Ou seja, o quadro de estiagem vai permanecer por mais semanas e deve se agravar ainda mais.

Uma das piores estiagem da história de SC

Esta situação, no entanto, não fica restrita ao oeste. A falta de chuva traz prejuízos para o meio rural e preocupa todo o setor produtivo de Santa Catarina. Desde junho de 2019, o estado vem passando pela estiagem que já é considerada a mais severa dos últimos anos e que vem afetando, principalmente, as regiões Extremo Oeste, Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul, Planalto Norte e Alto Vale do Itajaí. Situações semelhantes aconteceram apenas em 1978 e 2006. 

A falta de chuvas deverá causar a redução de 10% na produção catarinense de milho. O feijão foi uma das culturas mais afetadas pela falta de chuvas, em alguns municípios do Meio Oeste as perdas chegam a 60%. No total, o estado deve ter uma quebra de 7% na produção em relação à safra passada.

Conforme dados da secretaria de agricultura, na segunda-feira (20), a Epagri/Ciram chegou a ter 27 estações em situação de estiagem - o resultado mais crítico já monitorada pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram) desde 2013. Esta é uma das estiagens mais severas já registrada em Santa Catarina desde 1978.

O pesquisador da área de hidrologia e coordenador da Sala de Situação ANA/Epagri/Ciram, Guilherme Xavier de Miranda Junior, explica que essa situação tem afetado diretamente a disponibilidade de água para a agricultura catarinense. “A estiagem do ano passado foi severa, mas não foi tão abrangente como está acontecendo este ano. Isso vem acumulando desde junho de 2019, com uma falta de chuva em algumas regiões na ordem de 600 mm”.

Nesta quarta-feira (22), a Secretaria de Estado da Agricultura e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) reuniram, via videoconferência, lideranças do setor produtivo e técnico para apresentar a situação atual do agronegócio catarinense e a previsão meteorológica para os próximos dias. Os produtores rurais de Santa Catarina contam com três novas medidas para minimizar os impactos da estiagem no estado. A intenção da Secretaria da Agricultura é injetar R$ 60 milhões na economia catarinense.

As informações são da Rádio Rural.

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