O estado corporal do rebanho leiteiro de modo geral é considerado bom. Com a melhora na disponibilidade de forragem no pastoreio, foi reduzida a oferta de ração e silagem, diminuindo os custos mas mantendo a produção de leite estabilizada, com possibilidade de melhora para o próximo período.
Se de um lado a boa umidade do solo proporciona melhorias na brotação e no crescimento das forrageiras, de outro lado o barro ao redor das instalações causa desconforto aos animais, dificulta o trabalho e manejo, demandando mais trabalho ao higienizar os tetos das vacas para a ordenha.
O trabalho adicional é desconfortável tanto para os animais quanto para os produtores, aumentando as chances de ocorrência de mastites e contaminação do leite.
Em algumas regiões, segue o registro de casos de animais com raiva bovina, sendo necessário manter a vacinação preventiva. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores limitam o acesso dos animais às áreas de pastagens mais encharcadas para minimizar os danos causados pelo pisoteio.
Em Manoel Viana, na Fronteira Oeste, os produtores estão otimistas com a atividade pela remuneração obtida pelo litro de leite, estimulando investimentos nas propriedades.
Na de Pelotas, o solo permanece com alto teor de umidade, impedindo o avanço do trabalho de preparo para plantio das culturas e pastagens de verão. Pequenas áreas já foram plantadas com milho para silagem. Em Rio Grande, o excesso de barro nos acessos às salas de ordenha tem prejudicado a qualidade do leite em diversas propriedades. Na de Soledade, em Vale do Sol, as áreas de trevo seguem sendo uma boa alternativa alimentar.
Em Tio Hugo, 60% das pastagens anuais de verão e 80% da área para milho silagem estão semeadas. Nas regionais de Caxias do Sul e Frederico Westphalen, as primeiras áreas para confecção de silagem de milho já foram implantadas e já há relatos de ocorrência de cigarrinha do milho.
As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint.