Guilherme Ristow é um médico veterinário brasileiro, formado na UDESC/SC e, atualmente, trabalha em uma fazenda de gado leiteiro na Nova Zelândia. Frequentemente o Guilherme escreve para o MilkPoint a fim de relatar particularidades da produção de leite neozelandesa. Desta vez, ele nos contou sobre uma novidade que vem sendo utilizada para diminuir a incidência de doenças metabólicas no pós-parto: o dusting.
Sabe-se que os níveis de cálcio em vacas leiteiras diminuem drasticamente de 24 a 36 horas pós-parto, devido à grande mobilização necessária para produção de leite com o início da lactação. No entanto, o ideal é que as vacas recém paridas saiam dessa situação o mais rápido possível e, para isso, é necessário garantir que elas recebam a quantidade necessária de minerais. Dentre os lotes de animais, deve-se dar atenção principalmente as vacas mais velhas que muitas vezes permanecem com níveis de cálcio abaixo do ideal por mais tempo.
Sendo assim, na fazenda que o Guilherme trabalha, é utilizada a técnica dust minerals on the fresh grass, ou, em português, espalhar minerais sobre a grama fresca para que as vacas colostrum - como são chamadas as recém paridas - possam ingerir a quantidade adequada. A dosagem utilizada é de 300g de cal e 17 gramas de magnésio por animal por dia sobre a pastagem fresca. Para complementar, ainda é fornecido pasto fresco ad libitum para essa categoria animal até o quarto dia pós-parto, garantindo que os animais ingiram o máximo de energia a fim de reajustarem o balanço energético e entrarem em lactação prontas para o desafio.
Confira as fotos abaixo do dusting:
Muito legal, não é mesmo?
E aí, na sua propriedade ou em alguma que conhece também são utilizadas estratégias diferentes para evitar as doenças metabólicas do pós-parto?
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