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Desembolsos de crédito rural seguem em alta

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/05/2020

3 MIN DE LEITURA

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Apesar das recorrentes reclamações do setor produtivo, o descompasso existente entre a taxa Selic e os juros mais elevados cobrados dos agricultores brasileiros nas linhas oficiais de crédito rural não tem sido suficiente para frear o ritmo de acesso aos recursos. Ao contrário, os desembolsos continuam em alta. Nos dez primeiros meses desta safra 2019/20 (julho do ano passado ao último mês de abril) foram liberados R$ 155,8 bilhões, 11% mais que no mesmo período do ciclo 2018/19 (R$ 140,1 bilhões).

O aumento tem sido puxado pela demanda mais aquecida por financiamentos para industrialização, que cresceram 69% no intervalo, para R$ 9,8 bilhões, para investimentos (alta de 18%, para R$ 41,8 bilhões) e também para custeio (avanço de 11%, para R$ 86,1 bilhões). Já as contratações para operações de comercialização recuaram 13,8% na comparação, para R$ 18,1 bilhões.

Segundo dados do Banco Central compilados pelo Valor, nos últimos dois meses, quando o país viu o novo coronavírus se alastrar, causar milhares de mortes e impactos devastadores na economia, os desembolsos de crédito rural chegaram a R$ 30,6 bilhões, 32% mais que em março e abril de 2019. E, mesmo diante das turbulências, os bancos privados e as cooperativas de crédito continuaram a crescer nesse mercado, embora a liderança permaneça com os bancos públicos.

Nos dez primeiros meses desta safra, as contratações de crédito rural junto aos bancos públicos aumentou 9,8%, para R$ 82,8 bilhões, ao passo que a alta entre os bancos privados foi de 9%, para R$ 42,4 bilhões, e entre as cooperativas de crédito chegou a 15,8%, para R$ 27,8 bilhões. O Banco do Brasil foi responsável por 42% das liberações totais. Foram R$ 66,1 bilhões, dos quais R$ 14,1 entre março e abril. Entre os privados o destaque foi o Bradesco, com R$ 11,2 bilhões desde o início da safra.

A principal fonte do dinheiro emprestado em março e abril foram os depósitos à vista, com R$ 12 bilhões liberados. No mesmo período em 2019, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) com taxa livre haviam sido destaque, com R$ 6,4 bilhões. Como na temporada 2018/19, os recursos obrigatórios lideram os desembolsos nesta temporada, com R$ 50,9 bilhões.

Na comparação com os dez primeiros meses da safra anterior, o crédito para custeio para os agricultores familiares pulou de R$ 10,3 bilhões para R$ 11,9 bilhões. Já o dinheiro para investimentos via Pronaf subiu de R$ 9,5 bilhões para R$ 11,1 bilhões. No Pronamp, que atende médios produtores, a alta nas operações de custeio foi de R$ 14,5 bilhões para R$ 20,1 bilhões. Nos investimentos, o valor dobrou e alcançou R$ 2,2 bilhões.

Sem feiras e exposições agropecuárias, adiadas ou canceladas em decorrência da pandemia, os desembolsos de recursos do Moderfrota - principal linha de investimentos do Plano Safra, voltada para a aquisição de máquinas agrícolas -, aprofundaram a tendência de queda. O volume acessado nesta temporada chegou a R$ 5,4 bilhões, 26% menos que nos dez primeiros meses do ciclo 2018/19.

O economista chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, lembra que, embora as contratações em 2019/20 estejam em ritmo mais acelerado que na safra passada, os desembolsos efetivos estão muito aquém do montante total de recursos anunciado para o atual Plano Safra. Mesmo assim, ele diz que alguns bancos já reduziram juros e operam recursos livres com taxas abaixo das controladas para alguns clientes. O movimento reforça a pressão de um corte maior nos juros para 2020/21.

“O desembolso não está satisfatório porque os números de contratos estão em queda. Ocorre que um número menor de produtores está contratando mais crédito”, afirma. Segundo os dados do BC, o número de contratos até agora cresceu 6,7%, para 1,6 milhão - ou seja, um avanço um pouco menor que o dos desembolsos em geral, que foi de 11%.

As informações são do Valor Econômico.

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