Os preços médios oferecidos pelas tradings nos portos brasileiros, portanto, subiram 1,97% entre sexta e hoje, para uma média de R$ 80,18 a saca. Com isso, a alta do mês atinge 3,74%. Os preços do mercado interno também avançaram 1,98% em um dia, para R$ 74,35 saca em média, fazendo os ganhos do mês subirem para 2,76%, segundo o acompanhamento do analista.
“Os mercados de commodities não são retilíneos como os de produtos acabados, cujos preços mudam apenas de mês em mês. Os preços das commodities mudam de minuto a minuto”, lembra Pacheco, em relatório.
Ele cita como exemplo os movimentos da semana passada. Entre segunda e quarta-feira, havia a possibilidade de um acordo entre EUA e China e, de outro lado, algumas consultorias brasileiras anunciavam aumento da área e do potencial de produção do Brasil para a safra 2019/20. Nesse caso, o aumento de produção seria um “mau negócio” para o Brasil, porque haveria maior oferta e menos demanda da China, que repartiria as suas compras entre EUA e Brasil.
Na última quinta-feira, porém, Trump ameaçou impor tarifas sobre mais importações chinesas ainda isentas, o que turva qualquer possibilidade de acordo a curto prazo. “Assim, o efeito passou a ser o contrário: se a China só tiver o Brasil como fornecedor mundial de soja, os prêmios e os preços da soja brasileira tendem a subir mesmo que Chicago caia — e quanto mais área e produção o país tiver, melhor”, diz Pacheco.
“Por enquanto essa é a posição, mas não é final. Tudo pode reverter novamente se e quando as negociações entre EUA e China forem positivas”.
As informações são do jornal Valor Econômico.