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Crise na Argentina leva fábricas de doce de leite a operarem no limite

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/09/2019

3 MIN DE LEITURA

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Segundo o Centro de Indústria de Leite (CIL), no ano passado, a produção argentina de doce de leite foi de 149.621 toneladas. Deste volume, somente 3.297 toneladas foram exportadas. O restante foi destinado ao consumo doméstico.

“Na última década, o consumo interno tem sido estável em torno de 3,3 quilos per capita/ano”, disse o presidente do CIL, Aníbal Schaller. De acordo com a Worldpanel Divisão da Kantar Argentina, o doce de leite é o quarto item na compra de laticínios, atrás do leite, queijo e iogurte. “Ao longo do ano, 85% dos lares argentinos compram pelo menos seis vezes o equivalente a 600 gramas por vez”, disse a consultoria.

Num mercado tão grande, há mais de 70 empresas argentinas, entre micros, médios e grandes empreendimentos, segundo dados oficiais de 2017. Entre elas, uma marca atípica que aposta no cara a cara com o consumidor. “Não queremos intermediários, tratamos de chegar diretamente ao consumidor através de um mercado próprio e já temos 30 lojas no país, com um crescimento de 30% por ano”, disse a dona da Luz Azul Lácteos, Gabriela Benac. Com uma produção diária de três mil quilos de doce de leite, a empresa chegou ao máximo da capacidade de produção.

Segundo Benac, o doce de leite argentino é o melhor do mundo porque tem um processo de fabricação muito polido, aperfeiçoado e, ao haver tanta concorrência, cada fabricante tem que melhorar no dia a dia. Sua empresa ainda está se posicionando no mercado e não aparece nos rankings das principais marcas. Mas espera a situação do país melhorar para realizar novos investimentos e ampliar sua produção.

A Ilolay, segunda marca nas vendas de varejo, também opera ao limite. “Estamos com toda a capacidade instalada orientada para o mercado interno. Para poder exportar teria que ampliar a capacidade”, disse Rodolfo Galloni, gerente geral. Ele contou que a companhia produz 42 mil toneladas por ano e possui 14% do market share.

“O mercado é maduro, muito automatizado e vem com um crescimento vegetativo que não supera 2% a 3%”, afirmou. Conforme explicou, o primeiro lugar neste segmento de consumo familiar é da marca La Serenisima, com 25%, em terceiro está a Sancor, com 8% e o restante está pulverizado entre as dezenas de fabricantes. Galloni também se gaba da qualidade do doce de leite argentino. “Já provei muitos doces e de diferentes lugares, mas o nosso é especial”, disse contando que, por três anos consecutivos ganhou o prêmio de melhor doce de leite.

Quem também espera melhor momento econômico do país para aumentar a produção é a Vacalin.  “A Argentina está difícil neste momento e é preciso passar esta temporada de crise, mas queremos ser uma multinacional e ter uma fábrica em cada país. Nossos planos são de abrir locais próprios na Espanha, Portugal e Itália, além do sul do Brasil e Nova Iorque, nos Estados Unidos”, contou Rodrigues, que, além da distribuição de sua marca nos grandes supermercados da Argentina possui 11 lojas próprias. Rodrigues enaltece a tradição familiar de laticínios:

“No Brasil falta alguém que saiba fazer o verdadeiro doce de leite. Eu tenho 61 anos, somos fabricantes de toda a vida, estamos na quarta geração neste negócio”, afirma. Rodrigues é fabricante também de queijos, manteiga, creme de leite, leite em pó, manteiga e outros produtos derivados do leite. Ele acaba de inaugurar uma fábrica com capacidade para produzir 7 mil toneladas por mês e projeta destinar 25% de sua produção à exportação até 2023.

Na região, quem concorre mesmo pelo posto do melhor doce de leite são os uruguaios e os argentinos. Conforme dados da consultoria ID Retail, no último ano, as vendas do produto aumentaram 5% e o consumo per capita anual é de 4 quilos. Quem comemora o volume é a Cooperativa Nacional de Productores de Leche (Cronapole), líder no país. Seu presidente, Álvaro Ambrois, comentou que o doce – também chamado na região de manjar – foi um dos primeiros subprodutos que elaboraram. O mercado uruguaio está composto por várias empresas que elaboram o produto industrialmente e fazendas que o fazem de maneira artesanal. O volume gira em torno de 5.000 ton/ano. As principais marcas são: Los Nietitos, Manjar (da Cronapole), Colonial e Lapataia. A cooperativa exporta para o Brasil, EUA e México.

As informações são do Globo Rural.

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