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Brasil vislumbra mercado de lácteos halal e kosher

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/03/2013

5 MIN DE LEITURA

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O Brasil já tem um grande mercado conquistado no mundo, para vários produtos, mas principalmente as proteínas animal e as commodities agrícolas. Na exportação de carne, os produtos com certificação halal têm aumentado bastante e agora indústrias de lácteos também estão buscando esta certificação para ganhar espaço entre os consumidores muçulmanos. Não só esta, outra certificação também está “enchendo os olhos” das indústrias - é a kosher, voltada principalmente ao público judeu, mas também atende exigências de adventistas, naturalistas e outros.

Em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, está sediada a Indústria Sooro, que atua na industrialização de produtos a partir do soro do leite e é uma das principais do país no ramo. Recentemente, a empresa garantiu a certificação halal e agora está em busca da kosher. Conforme a gerente da garantia de qualidade da Sooro, Vanessa Terres Ferreira, as certificações visam atender uma demanda de exportação para a Holanda. “São dois públicos muito interessantes e extremamente exigentes. São bastante criteriosos e, por isso, é importante as certificações, porque é uma forma de atestar ainda mais a confiabilidade dos nossos produtos”, avalia Vanessa.

No caso da Sooro, a negociação gira em torno do WPC (concentrado protéico de soro), do permeado (obtido da remoção de proteínas do soro do leite, com alto teor de lactose) e do soro em pó.

Os muçulmanos já atingem atualmente, cerca de 25% da população mundial, inforna o diretor-executivo do Serviço de Inspeção Islâmica (SIIL), Chaiboun Ibrahim Darwiche. Outro dado importante é que em 2012 houve um aumento de quase 30% de empresas interessadas em conseguir a certificação halal, termo que significa “permitido” para os islâmicos e, portanto, um produto com esta certificação é apropriado para o consumo de muçulmanos. Darwiche explica que o Brasil, por ser um grande produtor de alimentos e ter alta qualidade nos seus processos industriais, é um potencial fornecedor de produtos halal, tanto para o mercado interno quanto para vários países do mundo, afinal, “temos islâmicos no mundo inteiro”, diz ele.

A França possui a segunda maior comunidade islâmica do continente europeu e só no Brasil há uma população de em torno de dois milhões de pessoas, que são cidadãos que prioritariamente consomem alimentos halal”, expõe diretor da SIIL.

Há alimentos que os islâmicos não consomem de maneira alguma, como bebidas alcoólicas ou a carne suína e outros que, para serem consumidos, devem seguir tradições milenares de produção, abate, industrialização etc. No caso do leite, diz Darwiche, a principal preocupação é garantir que o produto, ou ainda o soro do leite, não tenha contaminação com elementos considerados haram (ilícitos ou não permitidos para o consumo de muçulmanos). Ele explica que todo o produto halal tem especificações de como foi produzido e havendo algum ingrediente ou conduta haram na sua produção, ele não estará apto ao consumo por um muçulmano.

Darwiche explica ainda que o leite puro é lícito aos islâmicos, porém, quando é transformado em longa vida ou produtos criados a partir dele, como leite em pó ou achocolatado, entre outros, é necessária uma análise dos ingredientes utilizados para verificar sua licitude.

“Para lácteos, a certificação abrange o controle de qualidade na indústria”, acrescenta, lembrando que produtos considerados maléficos à saúde também são “haram” para os islâmicos. “Os muçulmanos precisam ter certeza do que estão comendo ou bebendo”, afirma.

Atualmente no Brasil, cita Darwiche, o Brasil possui muitas queijarias com certificação halal e aos poucos aumenta de a outros produtos lácteos. A maioria dos produtos tem sido exportada, mas o mercado nacional também já tem demanda considerável.

Assim como os islâmicos os judeus também se diferenciam por alguns dogmas e tradições da sua cultura, inclusive a alimentar, em que os produtos permitidos são denominados Kosher. Para garantirem que estão consumindo alimentos lícitos, os judeus, assim como os islâmicos, não têm se importado em pagar mais por uma certificação. É essa certificação Kosher que a indústria rondoniense Sooro também está buscando.

A gerente de Garantia de Qualidade da Sooro, Vanessa Ferreira, explica que kosher significa “comida correta”, ou seja, segue determinadas regras, de origem religiosa (consta no Torah – livro religioso) e de hábitos da população judia, que não consome alguns alimentos como carne de porco, ou a combinação de outros, tal como ingerir carne com leite ou seus derivados. Não se trata exatamente de uma culinária, mas sim, de alimentos lícitos ao consumo dos judeus.

Para a certificação kosher de uma indústria alimentícia, um rabino é responsável pela fiscalização. A preocupação é, principalmente, com a possibilidade de contaminação com outros produtos ilícitos. Conforme Vanessa, no caso dos resultantes do soro do leite em questão (o WPC, o permeado e o soro em pó), não pode haver contaminação com o leite em si. Vale lembrar que entre os costumes desse público, por exemplo, é vedado após o consumo de carne um outro alimento que tenha leite. “Produtos Kosher ou alimentos kosher, são todos aqueles que obedecem à lei judaica. Algumas características podem fazer com que os alimentos não obedecem a essa regra, como a mistura de carne e leite”, cita Vanessa. No entanto, um alimento pode se tornar ilícito aos judeus se, até mesmo não forem pagos de uma forma justa, ou produzidos em utensílios de cozinha que foram anteriormente utilizados em produtos não Kosher.

Diferente da certificação halal, para produtos lácteos, o kosher tem algumas especificidades. Além da rigidez para evitar contaminações, cita a profissional da Sooro, também há uma preocupação, nos ingredientes utilizados para produzi-los. Especificamente para o soro do leite, há uma verificação se o coalho utilizado na produção do queijo (o soro é extraído no processo de produção do queijo) é de origem animal ou química. A enzima utilizada para produção do coalho não pode, em hipótese alguma ser animal (extraída do intestino do bovino). Por isso, a rastreabilidade dos lácteos kosher não acontece somente na industrialização do soro do leite, mas também nos laticínios fornecedores do produto. “O soro do leite não é considerado leite e, portanto, precisa ser puro, sem nenhuma contaminação com leite ou que na sua origem tenha sido utilizado coalho de origem animal”, explica Vanessa.

No caso da Sooro, é inviável segregar linhas para industrialização somente de produtos kosher ou halal. Por isso, os critérios exigidos pelas duas certificadoras serão aplicados no todo. “Produtos precisam ser puros, de maneira respeitar as necessidades dos dois públicos, tanto os judeus quanto os islâmicos”, conclui Vanessa.

A Materia foi publicada na revista O Presente Rural, adaptada pela Equipe MilkPoint.

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HERMENEGILDO DE ASSIS VILLAÇA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 27/03/2013

Todo alimento que alguem pague  e pague bem, deve ser considerado, porém feito com todo o RIGOR e HONESTIDADE.

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