Brasil e Argentina discutem regras para importação

A decisão do governo brasileiro de aplicar o licenciamento não automático na importação de produtos lácteos argentinos estará na pauta da reunião bilateral que será realizada nesta quinta-feira (30) em Buenos Aires. Representantes dos dois governos e do setor leiteiro vão avaliar medidas para ajustar o comércio do produto entre Brasil e Argentina.

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A decisão do governo brasileiro de aplicar o licenciamento não automático na importação de produtos lácteos argentinos estará na pauta da reunião bilateral que será realizada nesta quinta-feira (30) em Buenos Aires. Representantes dos dois governos e do setor leiteiro vão avaliar medidas para ajustar o comércio do produto entre Brasil e Argentina.

"De forma alguma somos contra o comércio bilateral. O que queremos é garantir que esta relação seja feita de maneira harmonizada e sem práticas desleais", frisou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu na última terça-feira (28) aplicar o licenciamento não automático porque, nos primeiros três meses deste ano, já foi importado volume igual ao registrado no decorrer de 2008. "Precisamos evitar um surto de importação de produtos lácteos da Argentina. Para isso, podemos, inclusive, negociar cotas de importação", explica Laudemir Muller, assessor de Relações Internacionais do MDA.

O Brasil produz 28 bilhões de litros de leite por ano. Dos 1,8 milhão de produtores, cerca de 1,4 milhão são agricultores familiares. O MDA vem desenvolvendo políticas públicas para fortalecer o setor internamente. O financiamento de agroindústrias para beneficiamento do leite e o incremento da prestação de assistência técnica para os agricultores são exemplos desta política. "Agora vamos trabalhar para construir junto com os países do Mercosul uma forte política externa para o setor, a partir da experiência que já adquirimos", destaca Muller.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento Agrário, adaptadas pela Equipe milkPoint.
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Marcus Bastos Teixeira
MARCUS BASTOS TEIXEIRA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/05/2009

Espero que o governo exerça uma fiscalização rígida sobre estas empresas que realizaram em três meses volume superior de importações ao ano de 2008. O impacto no mercado a ser suportado pelo produtor de leite já se operou, podendo ser atenuado pela citada ação, inibindo, em especial, a reidratação do produto importado.
renato calixto saliba
RENATO CALIXTO SALIBA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/05/2009

Me pergunto porque demoraram tanto para tomar essas medidas, a quem interessou deixar 03 meses de importações imorais? Por que não foram tomadas essas medidas em janeiro de 2009? Ainda insisto que seja divulgado o nome de todas as empresas que importaram esses produtos lacteos subsidiados. Essas empresas sabiam que estavam comprando produtos lácteos subsidiados e que esses produtos trariam prejuizo ao setor lácteo brasileiro. Querem apenas o lucro fácil sem ter nenhum compromisso com os produtores brasileiros. Fora com essas empresas irresponsáveis.
Bruno Soares
BRUNO SOARES

POMPÉU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/04/2009

Estou bastante feliz com a atitude do governo em conter o excesso de importações argentinas. É muito importante o diálogo entre os dois países para que essa situação constrangedora não prejudique as relações.

Mas acredito que o Brasil conseguirá conter essas importações excessivas e também aquelas que estão sendo praticadas ilegalmente, ocasionando um prejuízo no mercado interno. É muito importante ter as relações comerciais com nossos vizinhos a todo vapor, mas é mais importante ainda que elas beneficiem ambos de uma forma bastante transparente e legal.
Qual a sua dúvida hoje?