Baixa do dólar ante real e peso garante lucro da Adecoagro

A queda do dólar ante o real e o peso argentino no segundo trimestre garantiu à Adecoagro, listada na bolsa de Nova York, lucro líquido no período. No lado operacional, porém, a ausência de negócios no mercado de terras ofuscou a estabilidade da área de cana no Brasil.

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A queda do dólar ante o real e o peso argentino no segundo trimestre garantiu à Adecoagro, listada na bolsa de Nova York, lucro líquido no período. No lado operacional, porém, a ausência de negócios no mercado de terras ofuscou a estabilidade da área de cana no Brasil.

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A companhia obteve lucro de US$ 23,3 milhões entre abril e junho, ante prejuízo de US$ 21,4 milhões um ano antes. Porém, retirados os efeitos de variações cambiais, inflação e de avaliação das terras, o resultado ajustado foi de US$ 886 mil no intervalo - ante US$ 86,9 milhões um ano antes. A apreciação das moedas brasileira e argentina tiveram impacto positivo nas despesas financeiras. Porém, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado registrou queda de 36,5% na mesma base de comparação, para US$ 87 milhões.

O Ebitda do negócio de terras caiu 82,9%, para US$ 10,5 milhões. Boa parte da diferença se explica porque, um ano atrás, a Adecoagro vendeu duas fazendas no Brasil que geraram, na época, Ebitda de US$ 36 milhões.

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A maior parte do resultado operacional, porém, segue vindo do segmento sucroalcooleiro. Apostando fortemente em etanol, o negócio garantiu no trimestre um Ebitda de US$ 81,6 milhões (94% do Ebitda total), uma alta marginal ante o mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustada ficou em 68,4%. O resultado foi garantido pelo avanço das vendas de etanol. Aproveitando a alta dos preços na primeira metade do ano, a Adecoagro acelerou as vendas do biocombustível que produziu e garantiu uma receita de US$ 77 milhões com o produto, um crescimento de 23% na comparação anual.

Além disso, com o aumento da moagem de cana e a melhora de eficiências industriais, a companhia ainda diluiu custos unitários, que ficaram em 10 centavos de dólar a libra-peso, redução de 3,8%.

A moagem elevada, porém, não deve se manter, já que a Adecoagro estima que as geadas comprometeram 5% da cana. Para dirimir os impactos, a companhia quer aumentar a capacidade de produção de etanol em 400 litros por dia com melhorias de eficiência. A estratégia, diz a Adecoagro, deve preservar o Ebitda e a geração de caixa.

A execução dessa estratégia, na avaliação do BTG, será um "forte teste" para a companhia. No mercado, o balanço foi bem recebido, e as ações em Nova York subiram 4,64% na sexta-feira, acima do S&P.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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